terça-feira, fevereiro 23, 2010

Golden Skans

ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh

Light touch my hand, in a dream of Golden Skans, from now on.
You can forget our future plans.
Night touch my hand with the turning Golden Skans,
From the night and the light, all plans are golden in your hand.

Set sail from sense, bring all her young.
Set sail from where we once begun.
While we wait, while we wait.

A hall of records, or numbers, or spaces still undone.
Ruins, or relics, disciples and the young.
A hall of records, or numbers, or spaces still undone.
Ruins, or relics, disciples and the young.

Light touch my hand, in a dream of Golden Skans, from now on.
You can forget our future plans.
Night touch my hand with the turning Golden Skans,
From the night and the light, all plans are golden in your hand.

ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh

We sailed from sense, brought all our young.
We sailed from where we once begun.
While we wait, while we wait.

A hall of records, or numbers, or spaces still undone.
Ruins, or relics, disciples and the young.
A hall of records, or numbers, or spaces still undone.
Ruins, or relics, disciples and the young.

Light touch my hand, in a dream of Golden Skans, from now on.
You can forget our future plans.
Night touch my hand with the turning Golden Skans,
From the night and the light, all plans are golden in your hand
Light touch my hand, in a dream of Golden Skans, from now on.
You can forget our future plans.
Night touch my hand with the turning Golden Skans,
From the night and the light, all plans are golden in your hand

ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh
ooooooo ahhhh

Clã ao vivo



segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Sorriso de Gioconda

Letra: Carlos Tê

Para quem sorri Mona Lisa
Para quem sorri Gioconda
Alguém diga se souber
Levante o dedo e responda
É sorriso de mulher
Que tem o mundo na mão
Sabe tudo sobre o desejo
Mas faz de conta que não

A quem dará Gioconda
seu sorriso de cortesã
Será que mo dá só a mim
mal vem o sol da manhã

Para quem sorri Mona Lisa
Está tão longe tão perto
Para quem sorri Gioconda
Para quem sorri ao certo

Talvez sorria para alguém
Escondido ao fundo da sala
Aquele amante furtivo
Que planeia roubá-la
Não sei se sorri para longe
Para lá do mal e do bem
Será que sorri por sorrir
Um sorriso para ninguém

Para quem sorri Gioconda
Está tão longe tão perto
Para quem sorri Gioconda
Ninguém sabe ao certo

domingo, fevereiro 21, 2010

Base fechada aos EUA

Janeiro de 1962

Base fechada aos EUA


Reportagem do Diário Insular

Texto de: Rui Messias





Foi a primeira vez que Portugal proibiu a utilização da base das Lajes por aviões norte-americanos, que voavam em serviço para a ONU. O calendário marcava janeiro de 1962 e Salazar, depois de um ano negro, vingava-se assim da administração Kennedy.

A resposta espantou os oficiais das Nações Unidas (ONU), Particularmente os norte-americanos. Era a primeira vez que o governo de Oliveira Salazar proibia a utilização da Base das Lages para a passagem de aeronaves dos Estados Unidos rumo ao Congo, onde descarregariam material necessário à operação das forças daONU naquele teritório africano, mergulhado na guerra pela independência (1960-1966) do controlo belga (que terminaria na conquista do poder por Joseph Mobutu). O calendário marcava o dia 11 de Janeiro de 1962.
"Foi a primeira vez que qualquer restriçãi foi posta aos aparelhos da força aérea dos Estados Unidos para aterrar na base aérea das Lajes, nos Açores", escrevia-se num telegrama da Embaixada norte-americana em Portugal.
Vários historiadores, hoje, acreditam que esta atitude de Salazar demonstra a retaliação do executivo português contra a administração Kennedy, depois de um ano complicado para a política nacional.
O curioso é que os Estados Unidos já tinham sido avisados para esta possibilidade; aviso que, também curiosamente, não partira das autoridades ou da diplomacia portuguesa, mas do embaixador norte-americano em Lisboa.
A 31 de Dezembro de 1961, o embaixador norte-americano em Lisboa, Charles Burke Elbrick, envia para Washington um memorando com o balanço das relações luso-americanas no ano que terminava.
E, nas previsões para 1962, deixava claro: "O problema mais importante que se nos depara em 1962 nas nossas relações com Portugal é a renegociação do acordo da base dos Açores", sublinhava o diplomata. Esta afirmação no fundo, traduzia o resultado de um ano em que a política externa da administração Kennedy enfurecera mais Salazar do que cedera aos seus pedidos.
A nova administração norte-americana olhava para África com outros olhos; depois de vários anos em que Dwight D. Eisenhower (presidente dos EUA entre 1953 e 1961) optara por não questionar a acção portuguesa nas possessões africanas.
Robert Kennedy chegara à presidência dos Estados Unidos um ano antes - tomou posse a 20 de Janeiro de 1961 - e garantira alterar a política americana para África. O que significava o eventual apoio aos movimentos independentistas e, acima de tudo, o combate feroz (embora, muitas vezes, secreto) à influência soviética nos territórios africanos.
Mas Salazar mantinha um trunfo: a Base das Lajes, nos Açores, que os EUA usavam com autorização assinada desde 1954, embora já recorressem à infraestrutura açoriana (que ajudaram a edificar) desde 1944.

O "Santa Maria"
O primeiro confronto entre a nova política africana dos Estados Unidos e a visão "imperial" de Salazar acontece no final de Janeiro de 1961: oficiais norte-americanos sobem a bordo no navio "Santa Maria" e negoceiam com Henrique Galvão, que sequestrara a embarcação para chamar a atenção da comunidade internacional para a política colonialista portuguesa.
Galvão recebe no Santa Maria, uma delegação norte-americana. E a bordo decorre quase uma negociação de Estado a Estado. Galvão teve aqui a sua hora de glória e Salazar uma das suas maiores humilhações, ao ver um dos seus tradicionais aliados a reconhecer legitimidade a alguém que o governo português considerava um terrorista.
Hoje, vários historiadores concordam que o sequestro do navio "Santa Maria" (pertencente à Companhia Colonial de Navegação) marcou o início do fim do Estado Novo, lançando a atenção internacional sobre o regime salazarista e, acima de tudo, a sua acção nas colónias que mantinha em África.
A saga do "Santa Maria" começara na madrugada de 22 de Janeiro de 1961, dois dias depois da tomada de posse da nova administração americana, liderada por John F. Kennedy.
O paquete de luxo é tomado de assalto em águas internacionais, junto às Caraíbas, por um comando do Directório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL), chefiado por Henrique Galvão, ex-militar português. O objectivo era levar o navio para a ilha de Fernando Pó e, a partir daí, lançar a insurreição contra Portugal em Angola.
O governo de Salazar condenou o ataque e classificou-o de "pirataria internacional", pedindo depois apoio a França, Inglaterra e Estados Unidos.
Mas os três aliados (primeiro Paris e, depois, Londres e Washington) - perante o apoio dos seus povos à iniciativa de Galvão - optaram por tratar o sequestro como um assunto político (justificando a maior parte das suas acções com questões e dúvidas sobre o direito internacional), o que enfureceu Salazar.

Um trunfo na manga
Passado o episódio do "Santa Maria", Salazar via-se agora confrontado com os "ataques" americanos nas Nações Unidas.
A ameaça de barrar o uso da Base das Lajes esgrimida pelo governo português perante a atitude americana para com Henrique Galvão não surtira efeito. E os representantes de Washington nas Nações Unidas iniciavam um plano de críticas contra o regime colonialista português.
Durante todo o ano de 1961 (e parte de 1962), os EUA votam constantemente contra Portugal nas Nações Unidas. A par disso, proíbem a venda de armas a Lisboa que tenham por destino as colónias africanas e recorrem a todos os meios para convencer Salazar a alterar a sua política ultramarina no sentido de permitir a autodeterminação dos povos nativos das colónias.
Mas, a meados de 1962, o trunfo "Base das Lajes" volta a ser colocado em cima da mesa: os direitos de utilização da infraestrutura em tempo de paz pelos EUA terminavam no final de 1962 e a administração norte-americana vê-se obrigada a iniciar o processo de renegociação do acordo.
Nessa altura, surge um debate intenso no seio da administração Kennedy: um sector - onde se incluíam os militares - defendia a preservação a todo o custo do acesso às Lajes (considerada "a mais valiosa instalação que os Estados Unidos são autorizados a usar por uma potência estrangeira") e sublinhava que a "perda dos Açores teria as mais graves consequências militares"; outro sector considerava que a importância da estratégia militar não podia ofuscar a importância da auto-determinação dos povos africanos, para evitar a supremacia soviética naquele continente.
O debate "Angola ou Açores" conhece a fase crucial na primeira metade de 1962. É neste período que as teses europeístas (defesa dos Açores) se vão finalmente impor. Este sector vence o debate no seio da administração, a que se junta a maioria conservadora do Congresso, contrária à política africana de Kennedy.
Salazar vence a batalha. Não tanto por seu mérito, mas pela conjugação das necessidades militares americanas com o conservadorismo maioritário no Congresso.
Escreveria John Kenneth Galbraith (economista e conselheiro de Kennedy): "we are trading our African policy for a few acres of asphalt in the Atlantic".

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

O sexto sentido de Estado



Portugal tem um governo que não se demite mas acha que a oposição devia demiti-lo, e uma oposição que não o demite mas acha que ele devia demitir-se

in: Visão


Quando, na semana passada, o PS desafiou a oposição a apresentar uma moção de censura ao Governo, a política portuguesa ficou subitamente mais difícil de compreender. Os nossos políticos, que são pessoas bastante lineares, curiosamente produzem uma política muito complexa. Resumindo, o que se passa é isto: neste momento, Portugal tem um Governo que não se demite mas acha que a oposição devia demiti-lo, e uma oposição que não o demite mas acha que ele devia demitir-se. O primeiro-ministro deseja controlar os jornais, mas não consegue evitar que os jornais o descontrolem. E acusa os jornalistas de fazerem jornalismo de buraco de fechadura quando a porta está, na verdade, escancarada.

Façamos uma história breve do que tem sido o Governo de Portugal nos últimos anos. Primeiro, Durão Barroso saiu, porque foi chamado pela Comissão Europeia. Sócrates não sai mesmo que lhe chamem tudo. Pelo meio, Santana também saiu, mas contra a sua vontade. Um sai porque quer, o outro sai sem querer e o último não sai nem que toda a gente queira. Antes de Durão, já Guterres saíra, porque tinha coisas combinadas e o Governo do País atrapalhava-lhe a agenda. Dos últimos quatro primeiros-ministros, só 50% quis manter-se no lugar, facto que imediatamente os torna suspeitos.

O actual Governo está mergulhado em escândalos de vários tipos. Quem pode fazê-lo cair é o grupo parlamentar do PSD onde se encontra, por exemplo, António Preto, mergulhado em escândalos de vários tipos. Ou o Presidente da República, Cavaco Silva, cujos amigos e membros dos seus anteriores governos se encontram envolvidos em escândalos de vários tipos. O eleitor está em casa um pouco confuso, e com razão: é difícil optar entre tantos escândalos. Qual dos envolvidos em escândalos é o mais indicado para livrar o País destes escândalos? Eis uma questão difícil.

Bom, sou capaz de me ter deixado levar pelo ambiente de suspeição que temos vivido. Vistas friamente, as acusações ao primeiro-ministro acabam por ser frágeis. É difícil sustentar que Sócrates quer acabar com a comunicação social quando verificamos que foi ele quem mais fez, nos últimos tempos, pela leitura de jornais. Para sermos justos, teremos de reconhecer que Sócrates acabou com os jornais, sim, mas nas bancas. Acabou com eles porque, por sua causa, a edição esgotou-se e teve de se fazer outra.

Quem, no meio de tudo isto, poderá conduzir o País? Quem nunca esteve envolvido num caso obscuro, nunca teve cargos de responsabilidade em governos desastrosos, nunca recebeu dinheiro de Manuel Godinho? É possível que exista alguém que corresponda a este perfil, mas terá certamente menos de 10 anos. E colocar um menor de 10 anos no Governo do País poderá ter consequências trágicas: o País ficaria de certeza sem rumo, com o desemprego elevadíssimo, e manietado por uma crise profunda. Nem quero imaginar o que poderia acontecer.

Esta foto incomóda o Sócrates



terça-feira, fevereiro 16, 2010

Estado do mundo


Portugal tem cada vez mais reconhecimento quanto consegue ser mais trafulha e incompetente.
Já dizia a velha máxima: "O crime compensa". Está à vista.
Depois de Durão Barroso (que um dia foi cherne e agora é José Manuel), ter estendido o tapete vermelho, aqui mesmo na Terceira, a Bush, Blair e Aznar, para iniciarem uma guerra à "procura" do que sabiam não existir, agora é Vitor Constâncio que depois dos escândalos BPN e BPP, irá para o BCE.
Isto é grave por qualquer dos lados que se analise.
Por um lado é grave, porque a incompetência e a trafulhice são recompensadas.
Por outro lado é grave, porque quer Durão, quer Constâncio são recompensados, porque o papel que tiveram em Portugal é o mesmo que se espera de quem ocupa quer o cargo de Presidente da Comissão Europeia, quer de dirigente do BCE, ou seja, manipulável e cego!
Ainda me lembro de após a 1ª campanha presidencial de Soares, cujo lema era "Soares é fixe", aparecer o slogan "Constâncio também é fixe!". É fixe é, mas não é para nós!

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Não vás

Ainda não, não sei como te olhar
Provavelmente quero que não vás
Ainda não, não sei o que pensar
É a hora crítica das manhãs

Não, não vás!

Ainda não, não sei o que fazer
A esta hora tudo começou errado
Não não não não não quero saber
As coisas que tens a dizer

Não, não vás!

E o que vais fazer?
E o que vais dizer?
Diz o que vais fazer
e o que vais dizer
Diz o que vais fazer
Vê o que vais dizer

Ainda não é a hora de partir
Lá fora não pára de chover
Fica não é o verbo mal de ouvir
Talvez talvez haja algo a dizer

Não, não vás!

Ouvi dizer

Ouvi dizer
Que o nosso amor acabou
Pois eu não tive a noção do seu fim.
Pelo que eu ja tentei
Eu não vou vê-lo em mim
Se eu não tive a noção de ver nascer o homem.

E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Ouvi dizer
Que o mundo acaba amanhã
E eu tinha tantos planos p'ra depois
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido.

Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu não fui
Um dia vou-te ouvir dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

Sei que um dia vais dizer

E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma
E pudesse eu pagar de outra forma

A cidade está deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros,
Nas pontes, nas ruas...
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura
Ora amarga,ora doce
Para nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Lado Esquerdo

Letra: Carlos Tê
Música: Hélder Gonçalves
in: Lustro

O meu lado esquerdo
é mais forte do que o outro
é o lado da intuição
É o lado onde mora o coração

O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro e com que eu sinto

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo

O meu lado esquerdo não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tantas vezes diz não

Meu é o meu foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu já pensava
Que não existias para mim no mundo

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Entrevista a Zé Mário e Sérgio



Ainda agora aqui chegamos



Três Cantos



Contai com isto de nós



Socialismo ou Barbárie

"Recuso-me a viver num país assim.
E não me vou mudar.
Juntem-se a mim!"

Michael Moore
in, Capitalismo - Uma história de amor

Em exibição em Angra do Heroísmo
3 e 4 de Fevereiro de 2010

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Três Cantos

No ano lectivo 1995/96, entrei no Ensino Superior. Nesse ano deixei o Porto e fui estudar para Castelo Branco.
Uma tia fez-me uma quadras e um primo pegou na viola e toca-as a tocar ao som das "Quadras Soltas", do Sérgio Godinho. As quadras desejavam-me boa sorte e apelavam ao meu regresso. Regressei no ano seguinte para lá ficar até este ano lectivo, onde vim dar aulas para Angra do Heroísmo, graças ao curso que comecei a tirar nesse ano.
Devido ao facto de ter vindo para Angra, fui impedido de ver este espectáculo, para o qual já tinha bilhete e que tive de vender à minha mãe.
Felizmente há internet, e o meu pai, que me gravou o espectáculo que a RTP transmitiu, e assim sempre consegui viver algumas emoções. Uma delas é ver precisamente as "Quadras Soltas" reinventadas. Divirtam-se a ouvi-las!




Três Cantos



Três Cantos



Troquemos-lhes as voltas