quinta-feira, novembro 29, 2012

Porque quero estar contigo



O dia já chegou ao fim
E a noite faz lembrar
Tudo o que há em ti
E que me faz sonhar
Teu beijo atrevido
Faz-me enlouquecer
Dizes "Quero ir contigo, onde tudo é prazer".

E tu não estás aqui
És uma alucinação
Não vou ficar sem ti
E perder a emoção

Porque quero estar contigo
Mergulhar no teu mar
Repousar no teu abrigo
Nunca mais acordar

Sem temer o perigo
De um dia te perder
Tudo faz sentido
Na ânsia de te ter

E tu não estás aqui
És uma alucinação
Não vou ficar sem ti
E perder a emoção

Porque quero estar contigo
Mergulhar no teu mar
Repousar no teu abrigo
Nunca mais acordar

terça-feira, novembro 27, 2012

Quem sabe



quem sabe eu nem vos quero bem
quem sabe eu nem sou ninguém
quem sabe eu não sei quem

quem sabe eu sou quem queria ser
quem sabe eu nunca o vou saber
quem sabe eu sou bem melhor

quem sabe o medo é minha cruz
quem sabe o medo é meu motor
quem sabe o medo é luz

quem sabe eu não estou só a tentar
desesperadamente uma razão
para seguir ou para não parar
pois tudo se passa sem eu ver

sábado, novembro 24, 2012

Estou pronto



eu pressinto a presença
como vento em minha espinha
eles saber dos meus planos
sua casa é a minha
vou abrindo ao medo as minhas mãos
como abrindo ao medo as minhas mãos
eu desejo a sentença
como prova de uma prova
na saúde
na doença
numa crença
numa cova

vou abrindo ao medo as minhas mãos
como abrindo ao medo as minhas mãos

como vento em minha espinha
eles saber dos meus planos

sexta-feira, novembro 09, 2012

Pangea


 
Material da Casa das Ciências, disponível para download aqui.

Chave de Vidro

Luar de Agosto
quem queimará
chave de vidro
em que porta partirá
luz de Setembro
quem cegará
comboio azul
em que estação parará

Longe da vista
longe do brinquedo
que o poeta chamou então
o coração

Pobre do coração
sempre aceso e sem sequer poder
carregar no botão
mudar de canal cortar o som
e olhar como quem quer olhar
enredos simples da paixão
tudo no seu lugar
e o coração, enfim, meu Deus
a bater e a descansar

Chuva de Inverno
quem banhará
chave de vidro
em que porta partirá
sol de Dezembro
quem secará
um de Janeiro
com que pé se entrará

Longe da vista
longe do brinquedo
que o poeta chamou então
o coração

Pobre do coração
sempre aceso e sem sequer poder
carregar no botão
mudar de canal cortar o som
e olhar como quem quer olhar
enredos simples da paixão
tudo no seu lugar
e o coração, enfim, meu Deus
a bater e a descansar

Luar de Agosto
quem lembrará
chave de vidro
em que porta partirá
praia deserta
quem esconderá
corpo dorido
que disfarce usará

Longe da vista
longe do brinquedo
que o poeta chamou então
o coração

segunda-feira, novembro 05, 2012

Algo teu



É só o nada a bater-nos à porta
E a mim importa-me que estejas a meu lado
Enquanto o medo vai dançando à nossa volta

É só uma imagem que sonhámos doce imagem
Nada que um dia após o outro reproduza
Mas meu amor estaremos sempre de passagem
Esquece o que eles dizem sobre um grande amor
Quem podia mais querer-te como eu
Nada que acredite conseguir mostrar pois é algo teu