sábado, novembro 26, 2011

Fábrica de Amores




A garganta seca
Pelo fumo do acre
Sou Salomé no nó dos calores
Que faltal boneca
Revestida a lacre
Sou Salomé fábrica de amores
Passo com ar bombástico
Digo maviosamente
Levo o paraíso em mim!
Levo o paraíso!
Os olhares pousam
Sobre o meu corpete
No salivar glutão do desejo
Mas as mãos não ousam
Tão voraz joguete
Sou Salomé ébria de ensejo
Passo, passo com ar bombástico
E digo maviosamente
Tenho o paraíso em mim!
Tenho o paraíso em mim!
Levo o paraíso!
Levo o paraíso em mim!
Secreto jardim
A um passo de ti
Dourado e carmim
A um passo de ti
Tenho o paraíso em mim!
Tenho o paraíso em mim!
Levo o paraíso!
Tenho o paraíso em mim!
Levo o paraíso!
Levo o paraíso em mim!
Em mim...
A mim!



sexta-feira, novembro 04, 2011

A ÚLTIMA ÁRVORE















quinta-feira, novembro 03, 2011

Fahrenheit





Não ouviste o fogo a arder
Não sentiste o mercúrio à volta
A subir em flecha a subir em ti
A subir no sangue a acender o corpo
Não ouviste o chamamento
Os tambores tocando ao relento
Palcos em chamas cabelos ao vento
Incêndio de Verão
lavrando o chão

Fahrenheit a noite estala
Parte a escala
Fahrenheit a noite estala
Sente o fogo a arder
Fahrenheit a noite estala
Explode a escala
Fahrenheit a noite estala

Ouve o fogo a arder

Não ouviste o fogo a arder
Não sentiste o mercúrio à volta
Guitarras em fúria
Lanternas no ar
Vozes a cantar em tons de gasolina
Não sentiste a queimadura
Não sentiste a alma pura
Não ouviste o eco chamando outro eco
O fogo lambendo o teu coração seco

Fahrenheit a noite estala
Parte a escala
Fahrenheit a noite estala
Sente o fogo a arder
Fahrenheit a noite estala
Explode a escala
Fahrenheit a noite estala
Ouve o fogo a arder



terça-feira, novembro 01, 2011

Mais um comboio

Mais 1 Comboio
(letra de Jorge Palma / música de Flak)

Vejo tanto olhar encafuado
Em automóveis bestiais
Casos graves de bem estar,
Por mais que tenham, nunca têm a mais.

Aleijados do conforto
Refugiados na T.V.
O pior não é estar triste,
O pior é não saber porquê.

Há o entretenimento
Há o remoto control
Há-de haver mais um comboio
Para o centro comercial

Nesta altura ninguém faz greve,
Embora muitos tentem adormecer
Alguns vão derretendo a neve
Nas colheres a ferver

Nas entradas do metro, o frio
É combatido com papel de jornal
Útil informação para os que estão na frente,
Cegos pelas luzes do Natal

Largar mais




Meu amor há tempo
Se tu quiseres
Sem assombros sem medo, se te atreveres a ser
Completamente tu
Venha o que vier
Agarra bem o mundo

Acredita o tempo, é sempre agora
Não há mais rodeios, desenganos ou demoras
Vê o teu sentido és tu
Com tudo o que trouxeres
Em ti, ainda

Eu sei que às vezes muito perto desfoca
E querer o mundo inteiro no peito, sufoca
Mas eu quero-te aqui
Eu quero-te em mim

Meu amor há tempo
Se tu quiseres
Sem assombros sem medo, se te atreveres a ser
Completamente tu
Venha o que vier
Agarra bem o mundo

Acredita o tempo, é sempre agora
Não há mais rodeios, desenganos ou demoras
Vê o teu sentido és tu
Com tudo o que trouxeres
Em ti, ainda

Eu sei que às vezes muito perto, desfoca
E querer o mundo inteiro no peito, sufoca
Mas eu quero-te aqui
Eu quero-te em mim

Eu sei que ao longe há sombras, ausentes
Mas eu vejo-te em zoom e o meu plano é diferente
Eu sinto a tua falta
Não te quero largar mais

Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais
Não te quero largar mais