Abrir o sinal
Jorge Palma in Voo Nocurno
Eu disse "vamos partir, o espaço é seco, vazio e banal, vamos fugir!"
andámos de lugar em lugar
talvez a deixa fosse má, afinal a marca ainda cá está
a conspirar nalgum patamar
Não é o momento de te aconchegar
e não posso ver-te mal
acho que chegou o tempo de abrir o sinal
não sou suposto ver onde vais
nem saber com quem tu sais
neste canto meu
tens um mundo que é só teu
Olha que os nossos pés, mesmo que às vezes estejam de revés, são de proteger
respondem à voz do coração
com erva, vento, pedra e frio, na montanha ou no rio
merecem ternura e atenção
Não é o momento de te aconchegar...
sexta-feira, agosto 31, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
Olá (cá estamos nós outra vez)
Jorge Palma in Voo Nocturno
Olá! Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez
Conheço a tua cara, mas não sei o teu nome
eu escrevo já aqui, não sei o quê, arroba-ponte-come
vou-te reencontrar noutro bar de estação
ou talvez quando perder mais um avião
o barco vai de saída, tu estás tão bronzeada
é tão bom ver-te assim, ardente,
tão queimada
Eu quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
quero reconhecer-te e beber um café
dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
eu quero dar-te um beijo
a cinquenta e tal graus
Quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
quero reconhecer-te e beber um café
dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
eu quero dar-te um beijo a cinquenta e tal graus
Sempre apanhaste o tal comboio?
Já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada,
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi história
cá estamos nós outra vez
cá estamos nós outra vez
Jorge Palma in Voo Nocturno
Olá! Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez
Conheço a tua cara, mas não sei o teu nome
eu escrevo já aqui, não sei o quê, arroba-ponte-come
vou-te reencontrar noutro bar de estação
ou talvez quando perder mais um avião
o barco vai de saída, tu estás tão bronzeada
é tão bom ver-te assim, ardente,
tão queimada
Eu quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
quero reconhecer-te e beber um café
dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
eu quero dar-te um beijo
a cinquenta e tal graus
Quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
quero reconhecer-te e beber um café
dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
eu quero dar-te um beijo a cinquenta e tal graus
Sempre apanhaste o tal comboio?
Já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada,
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi história
cá estamos nós outra vez
cá estamos nós outra vez
segunda-feira, agosto 20, 2007
O Centro Comercial fechou
Jorge Palma in Voo Nocturno
O centro comercial fechou
a Maria vai viver a vida mais longe
longe das ilusões
em cima das situações perigosas
O Tóino não morreu no mar
acabou de adquirir um castelo na Escócia (enfim)
não é bem na Escócia
é uma cave sombria em Gaia
O passado já lá está, raio duma sorte cinzenta
e o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
há que cuidar do aspecto, fazê-lo parecer natural
por mais que seja cruel, não há ninguém que ajude
Ninguém nos ensinou a usar
nada do que recolhemos pelo caminho
perto das ilusões
entre o amor e as razões perversas
O passado já lá está, raio duma sorte cinzenta
e o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
há que cuidar do aspecto, fazê-lo parecer natural
por mais que seja cruel, não há ninguém que ajude
O centro comercial fechou
Jorge Palma in Voo Nocturno
O centro comercial fechou
a Maria vai viver a vida mais longe
longe das ilusões
em cima das situações perigosas
O Tóino não morreu no mar
acabou de adquirir um castelo na Escócia (enfim)
não é bem na Escócia
é uma cave sombria em Gaia
O passado já lá está, raio duma sorte cinzenta
e o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
há que cuidar do aspecto, fazê-lo parecer natural
por mais que seja cruel, não há ninguém que ajude
Ninguém nos ensinou a usar
nada do que recolhemos pelo caminho
perto das ilusões
entre o amor e as razões perversas
O passado já lá está, raio duma sorte cinzenta
e o presente é uma réstia de esperança enquanto houver saúde
há que cuidar do aspecto, fazê-lo parecer natural
por mais que seja cruel, não há ninguém que ajude
O centro comercial fechou
Manu Chao apoia indígena Maia à presidência da Guatemala
Manu Chao gravou uma mensagem de apoio a Rigoberta Menchú, que se candidata a presidente da Guatemala, nas eleições que vão decorrer em 9 de Setembro próximo.
Rigoberta Menchú recebeu em 1992 o prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho em defesa dos direitos dos indígenas. No discurso, que fez quando recebeu o prémio, reivindicou os direitos históricos negados aos povos indígenas e denunciou a perseguição por eles sofrida desde a chegada dos europeus ao continente americano.
Rigoberta Menchú, que nasceu em 1958 e é indígena maia, destacou-se como lutadora pelos direitos sociais, em particular dos indígenas, e pelo combate à ditadura militar na Guatemala.
Rigoberta Menchú candidata-se a presidente da República da Guatemala nas próximas eleições, que decorrerão a 9 de Setembro. É apoiada pelo partido Encuentro por Guatemala.
Manu Chao gravou uma mensagem de apoio a Rigoberta Menchú, que se candidata a presidente da Guatemala, nas eleições que vão decorrer em 9 de Setembro próximo.
Rigoberta Menchú recebeu em 1992 o prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho em defesa dos direitos dos indígenas. No discurso, que fez quando recebeu o prémio, reivindicou os direitos históricos negados aos povos indígenas e denunciou a perseguição por eles sofrida desde a chegada dos europeus ao continente americano.
Rigoberta Menchú, que nasceu em 1958 e é indígena maia, destacou-se como lutadora pelos direitos sociais, em particular dos indígenas, e pelo combate à ditadura militar na Guatemala.
Rigoberta Menchú candidata-se a presidente da República da Guatemala nas próximas eleições, que decorrerão a 9 de Setembro. É apoiada pelo partido Encuentro por Guatemala.
terça-feira, agosto 14, 2007
Rosa Branca
Jorge Palma in Voo Nocturno
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Quando fores grande não queiras crescer
abraça a terra que te viu nascer
embala o mundo ao som dos teus passos
deixa o teu lar-doce-lar em estilhaços
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Quando te vejo, tenho que admitir
todo eu estremeço, não posso mentir
a tua seiva alimenta a lua
faz-me querer ir cantar para a rua
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Jorge Palma in Voo Nocturno
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Quando fores grande não queiras crescer
abraça a terra que te viu nascer
embala o mundo ao som dos teus passos
deixa o teu lar-doce-lar em estilhaços
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Quando te vejo, tenho que admitir
todo eu estremeço, não posso mentir
a tua seiva alimenta a lua
faz-me querer ir cantar para a rua
Vive! Dança! Rosa Branca
não percas tempo a tentar ser feliz
roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
Roda viva, rosa vermelha
toma bem conta do que eu nunca fiz
segunda-feira, agosto 13, 2007
Voo Nocturno
Jorge Palma
Agora já não vejo o sol
nem o seu reflexo lunar
levo as asas nos bolsos
e o coração a planar
neste voo nocturno
não sei onde vou aterrar
Sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir
são sempre os mesmos ossos
que eu insisto em partir
neste voo nocturno
só quero mesmo resistir
Neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno não sei onde vou acordar
Em baixo há manchas no canal
mas eu não as quero ver
o aeroplano está frio
e as hélices a ferver
o nariz do avião
só obedece a quem quiser
Agora não existe nada
o meu motor "ao ralenti"
vou revendo em surdina
tudo o que eu vivi
neste voo nocturno
a madrugada vem ai
Jorge Palma
Agora já não vejo o sol
nem o seu reflexo lunar
levo as asas nos bolsos
e o coração a planar
neste voo nocturno
não sei onde vou aterrar
Sinto as nuvens nos meus pulsos
e o leme sempre a consentir
são sempre os mesmos ossos
que eu insisto em partir
neste voo nocturno
só quero mesmo resistir
Neste voo nocturno sou mais leve do que o ar
neste voo nocturno não sei onde vou acordar
Em baixo há manchas no canal
mas eu não as quero ver
o aeroplano está frio
e as hélices a ferver
o nariz do avião
só obedece a quem quiser
Agora não existe nada
o meu motor "ao ralenti"
vou revendo em surdina
tudo o que eu vivi
neste voo nocturno
a madrugada vem ai
sábado, agosto 11, 2007
Novo videoclip de Manu Chao, realizado por Emir Kusturica
O músico e cineasta sérvio Emir Kusturica rodou em Buenos Aires, com membros da rádio Colifata, o videoclip da última canção de Manu Chao, "Rainin' in paradize". No vídeo junto com imagens de conflitos armados, podem ver-se Manu Chao e o próprio Kusturica.
O músico e cineasta sérvio Emir Kusturica rodou em Buenos Aires, com membros da rádio Colifata, o videoclip da última canção de Manu Chao, "Rainin' in paradize". No vídeo junto com imagens de conflitos armados, podem ver-se Manu Chao e o próprio Kusturica.
sexta-feira, agosto 10, 2007
Encosta-te a mim
Jorge Palma in Voo Nocturno
Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar
Chegado da guerra, fiz tudo p'ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p'ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
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