quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Louçã critica lucros insensatos dos bancos


Francisco Louçã criticou hoje os dados recentemente divulgados que apontam para lucros diários, no sector bancário, de 7,9 milhões de euros, que considerou ser "um oásis de prosperidade, num país com tantas dificuldades económicas e tanto desemprego".

"É bom que se perceba que os bancos são uma forma de brutalizar os direitos de muitas pessoas, através de lucros insensatos", afirmou Louçã no Porto, criticando ainda a legislação sobre os impostos que os bancos pagam sobre os lucros.

"É inferior à que paga a mercearia da esquina", frisou.

Em declarações aos jornalistas à margem de um encontro com jovens universitários, Francisco Louçã rejeitou ainda liminarmente a possibilidade dos bancos virem a cobrar uma comissão sobre as operações realizadas nas máquinas automáticas (Multibanco).

"Era só o que faltava, tirem daí a ideia. Não é aceitável, nem sequer pensar que isto possa acontecer", afirmou.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

É urgente um acordo ortográfico. A foto não deixa dúvidas...

Texto publicado no blog dos Trabalhadores do Comércio:


Já não há volta atrás. O acordo ortográfico está aí e, com ele, a abulição de uns quantos costumes, outrora fonemas, agora considerados supérfluos.
Parece que o peso da raiz latina, que ainda transparece no Português (de Portugal), já não é relevante nem suficiente para manter o P que abre o A de Baptista, ou o C que garante a abertura da vogal E em direcção.
Aos governantes não lhes fará grande diferença, pois seguramente a alguns lhes soará melhor Bätista (como em bätota).
Pois muito bem. Se assim vai ser, porque não aproveitar a "embalagem" e tratar já de acabar com a "chatice" que é o H. Á anos que estou farto dele... E ninguém já lê o AGÁ. Se o problema for o CH, não é coisa que um bom X não resolva. Para o LH têm os Espanhóis a solução perfeita, que podemos fàcilmente, e sem vergonha, adaptar. Não é por isso que correremos riscos de perda de identidade. É muito pior o "software", o "spread", o "know-how" ou o "timing" e um larguíssimo etc... E o mesmo se aplica ao NH, o seja NN, onde demonstraríamos, à partida, a nossa absoluta originalidade, em vez de usar esse "chapéu" irritante que é o TIL, um nefasto invento ibérico, que é justamente um N encavalitado noutra letra do alfabeto.
É que enquanto aos nossos vizinhos só lhes deu o til um pequeno problema com a rede das redes, a nós criou-nos os mais variados inconvenientes: primeiro deu origem ao que classificamos como ditongos nasais, coisas por si só um pouco asquerosas, já que costumam fazer-se acompanhar de sons mucosos desagradáveis; em segundo lugar trousse (nunca entendi o papel do X neste vocábulo) vícios de rima absolutamente lamentáveis. Terminar versos com "coração", "mão", "emoção", "canção", "adoração", "amarão" ou até com "bão" (já ouvi isto num "poema" brasileiro) são realmente lugares comuns do nosso cancioneiro Pop(ular).
E já postos a modificar, podíamos dar-lhe o golpe de misericórdia à CEDILLA. Tem fácil solussom.
Após fexar esta primeira parte do processo, deveriam os ilustres responsáveis meditar detalladamente sobre uns quantos outros carateres ou sinais que, por demais incómodos, só servem para ocupar espasso na gramática e, por conseguinte, no nosso cérebro. Que caiam o acento circunflexo, o ífen e o acento grave que confunde.
Em resumo, creio que temos mais a ganhar em chegar a acordo ortográfico com os vizinhos do lado, que com aqueles que, á séculos, abandonaram a "terra mater" á sua sorte, justificandoo com a atlántica distáncia.
Sobre o V, se nos pomos a dissertar, num bai aber sebenta suficiente. Mas seguramente ebitaríamos que alguém, ainda que gozando de "voa" saúde, "vorrasse" o calsado com "vosta" de "voi" numa escapada ao campo num solleiro Domingo de Primabera. Quase me atrebería a falar da terceira língua oficial. Mas fica prá próssima...

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Comércio Justo no Rádio Clube Português


A convite de Ana Sereno, estive ontem de tarde no Rádio Clube Português a falar de Comércio Justo e a apresentar a Reviravolta.
A conversa foi conduzida pela própria Ana e por Jaime Gomes.
Para além da Reviravolta, esteve também presente o projecto Raízes, que vende produtos de agricultura biológica pelo seu site, representado pelo Pedro Rocha.
Quanto à Ana Sereno, podem continuar a ouvi-la todas as 5ªs feiras às 15h nos 90.0 FM (região Porto).

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Dancemos no Mundo


"Nós não atravessamos fronteiras. As fronteiras é que se atravessam em nós!"


O primeiro gomo da tangerina


Nuno Rafael numa máquina de escrever...


Às vezes o amor



Tira a Teima - Mtv Brand New







Sexto Andar - Mtv Brand New







Vamos esta noite - Mtv Brand New







Clã - Tira a teima



Trabalhadores do Comércio

A primeira bersom de "Porque no te callas?".

Trabalhadores do Comércio



Remendos e Côdeas


O Governo recuou no novo diploma sobre autonomia, gestão e administração escolar, ao admitir a possibilidade dos professores presidirem ao Conselho Geral, futuro orgão de direcção estratégica das escolas.
Entende-se que Sócrates, tendo andando pela JSD enquanto novo, nunca tenha ouvido José Mário Branco cantar:

"nós não precisamos só desse remendo
precisamos do casaco por inteiro

nós não queremos ficar só com esta côdea
precisamos de comer o pão inteiro"

Mas o que é que esta gente tem para nos oferecer?! Remendos e Côdeas!!!

domingo, fevereiro 17, 2008

União Europeia


Os governantes da União Europeia não nos deixam decidir sobre o Tratado de Lisboa, mas estão a promover uma votação para escolher a face da nova moeda de 2€, comemorativa do 10º aniversário da moeda única. Basta irem a este site para votarem. Os cidadãos só servem para isto, tudo o que saia do formato "reality show", não é para ser tido em conta pelos governantes. Brinquem enquanto podem meus senhores! Enquanto podem!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Ensaio Geral dos Clã a 22 de Agosto de 2007




Tira a Teima

Apareço algumas vezes neste vídeo




Fábrica de Amores




Sexto Andar

Foi a primeira vez que a ouvi e quando fui entrevistado no final, elegia-a logo como a mais bonita! Mantenho a opinião. Curiosamente, eu próprio habito num sexto andar.




Utilidade do Humor

UHF comemoram 30 anos com o "Grândola"



Portugal


Excerto de Os Maias, de Eça de Queiroz, adaptado para crianças por José Luís Peixoto.

"Conversando com Afonso da Maia, Ega disse mal de Portugal, mas ficou claro que ele próprio falava bastante, mas concretizava muito pouco.

- Não vale a pena, Sr. Afonso da Maia - disse Ega. Neste país, no meio desta prodigiosa imbecilidade nacional, o homem de senso e de gosto deve limitar-se a plantar os seus legumes.

O avô Afonso, mais sensato, respondeu-lhe:

- Pois então, planta os teus legumes. É um serviço à alimentação pública. Mas tu nem isso fazes."

Como diz o Sérgio Godinho: "Só neste país é que se diz 'só neste país' (...) Portugal, é nosso para o bem e para o mal!".

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Miguel Sousa Tavares dá-me razão


Aquilo que eu já ando a dizer há muito tempo, que não há necessidade de construir um novo aeroporto e que a solução é Portela e mais nenhum, foi ontem à noite confirmada por Miguel Sousa Tavares, no telejornal da TVI, quando afirmou que "a necessidade de construção de um novo aeroporto em Lisboa, é um embuste tão grande como as armas de destruição maciça de Sadam Hussein!".
Temos dito!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

"Molhareita fartura na tua tassa quente" e "Cú ó léu"



Acendema Lareira


Bersom dos Trabalhadores do Comércio, juntamente com Diana Bastos do "Light my Fire", dos The Doors.

Bem, atissama fugueira!




Um mapa com TODO o sentido!



JS

Texto de Jorge Prendas, membro dos "Vozes da Rádio", no blog deles: http://vozesdaradio.blogspot.com/

Segui e li com atenção a indignação do Corpo Nacional de Escutas pela campanha da Media Markt, em que um dos habitantes da Parvónia é escuteiro e defeca numa máquina de lavar roupa. Há 80.000 escuteiros em Portugal que exigem não ser chamados de parvos e que juram defecar em sítios construídos para tal. Fizeram circular petições e abaixo-assinados em defesa do seu bom-nome. Fizeram eles muito bem! Infelizmente nenhuma chegou às minhas mãos, pois assinaria com empenho uma que dissesse que a Media Markt faz péssimas campanhas e que havendo em Portugal um ministro como o Mário Lino, não se justifica colocarem um escuteiro como parvo.
De facto, ser escuteiro não implica necessariamente ser parvo. Se pensar em tipos da minha idade (e mais velhos) que esperam ansiosamente o fim-de-semana para vestirem calções, porem laçarotes nas meias e saírem para a sede para brincarem com miúdos, estou mais próximo de os julgar como tarados. Indivíduos que se juntam para passarem fins-de-semana acampados, que tocam guitarra pior que os Resistência e cantam canções do Bob Dylan com letras em português, não são obrigatoriamente parvos. São, eufemisticamente, exóticos, diferentes. É claro que não defecam em máquinas de lavar roupa. O escuteiro profissional constrói a sua própria latrina escavando a terra e passando assim divertido o tempo. Mozart também era escatológico e não deixou de ser enorme. Talvez um pouco parvo… mas não foi escuteiro. Apenas teve umas ligações à Maçonaria, que é uma espécie de escutismo sem calções e com mais dinheiro.
Andava eu entretido com estes pensamentos quando tropeço noutra campanha de péssimo gosto: a da JS. Para quem não sabe o que é a JS, eu explico. É uma espécie de escutismo para tipos comprovadamente parvos. Quem nem sequer tem jeito para pôr uns calções, ou fazer uma latrina, tem sempre lugar numa organização partidária juvenil. Têm igualmente uma sede, mas não fazem acampamentos. Fazem congressos.
Pois bem, a campanha da JS, espalhada pela cidade, apresenta-nos um parvo, com duas meninas que tecnicamente se chama de gajas boas. Para começar, o que podemos concluir daqui? Que ser da JS dá-nos direito a ter duas tipas? Que a militância na JS promete-nos o fim de um estado monogâmico? Que para ser da JS, a avaliar pela cara do sujeito, precisamos ser mesmo parvos, e quem sabe um dia, ser mesmo como o Mário Lino (não digo calvo e feio, digo mesmo só muito parvo)? Que a Media Markt podia pegar nestes três e fazer uma campanha melhor? Que o tipo podia ser o Marco Paulo entre dois amores (uma é loira, outra é morena)? Que o Sá Leão podia fazer um filme com eles? Que eles ainda não concluíram o primeiro ciclo? Que esperam pelos +25400 lugares em creches até 2009 para procriarem? Que esperam pelos 150.000 empregos prometidos até 2009? Que as semelhanças do parvo com o Humberto Bernardo são enormes? Serão as duas tipas as candidatas a miss que o tal Bernardo trocou há uns anos atrás? Que a loira compra tinta barata nas grandes superfícies? Que se o futuro já começou e é assim, apetece-nos apenas e só cantar o fadinho “Ó tempo volta pra trás”? Que o tipo é a versão masculina do Cláudio Ramos? Que à palavra jovem e juventude tem de estar sempre associado o mau gosto?
Estas são apenas um pequeno punhado de questões que bailaram pela minha cabeça nos instantes que se seguiram a ter visto o outdoor da JS em Matosinhos. Outros já escreveram sobre isto e muito bem. Passem pelo Womenage a trois (nem de propósito) e leiam.
Para mim resta-me apenas concluir que o publicitário deve o mesmo nas duas campanhas. E não duvido que, no meio de tudo isto, seja o mais parvo de todos.

A Harmonia dos Vozes da Rádio


Lição nº 1



Lição nº 2



Lição nº 3



Lição nº 4



quarta-feira, fevereiro 06, 2008

F.E.R.V.E. - Fart@ d'Estes Recibos VErdes



Violência Doméstica


O primeiro projecto-lei que o Bloco de Esquerda viu aprovado na Assembleia da República, assim que entrou em 1999, foi o de passar a considerar a violência doméstica como um crime público. Ou seja, desde então, a apresentação de queixa, deixou de ser da exclusiva competência da vítima, que a maior parte das vezes não apresentava ou vinha a retirar a queixa com medo de represálias, e passou a ser da competência e da reponsabilidade de qualquer um que presenciasse ou tivesse conhecimento de abusos.
Contudo, ao ler hoje a manchete do jornal Público: "Hospital cobra 152 euros em casos de violência doméstica", pergunto-me se isto não é também um abuso, uma violência e se não deveria ser declarado um crime público! Queixemo-nos, então!

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

O Homem-Fantasma


Em período carnavalesco, disfarço-me de homem-fantasma!
Para além da versão original no albúm Pano Crú, não percam a versão do Afinidades com os Clã ou a recente versão em 9 e meia no Maria Matos, juntamente com os seus acessores!


Sérgio Godinho
in Pano Crú

Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
eu sou um justiceiro
com um disfarce sinistro
eu meto medo aos que nos vêm
com falinhas falsas
e treme-lhes a dentadura
cai-lhes as calças

Eu sou o homem fantasma
e estou em toda a parte
voar para alguns é profissão
para mim é uma arte
mas para ver o meu bairro
eu não preciso de asas
muito prédio a crescer
e muita gente sem casas

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se e a gente pasma
quando respira fundo, o homem fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma.

Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
e já espreitei para dentro
da carteira de um ministro
e vi fotografias
de um passado duvidoso
e outras mais recentes
dele todo vaidoso

Eu sou o homem-fantasma
justiceiro imortal
eu vou de norte a sul
da montanha ao litoral
e enquanto a luz e a água
vão para a vila e para a cidade
para aldeia vão jornais da tarde
e boa vontade

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma

Eu sou o homem-fantasma
e estive num hospital
há lá quem morra
tanto da cura como do mal
e os donos da medicina
gritaram: Aí, o homem-fantasma!
Depressa, uma seringa,
um bisturi, um cataplasma!

Eu sou o homem-fantasma
e como vidro transparente
eu sento-me aos jantares
e ninguém me pressente
e dizem: tal e coisa
e coisa e tal e vice e versa
e o que lá fora era discurso
cá dentro é conversa

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma

Eu sou o homem-fantasma
combatente infatigável
mas atenção que até eu
posso ser creticável
se depois do que eu digo
e denuncio e reclamo
eu voltar para casa
e em casa eu for um tirano

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se, e a gente pasma
quando respira fundo, o homem-fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma

No Data - Lixo Electrónico


Banda composta por Carlos Maria Trindade, Luis Beethoven, Augusto Sanchez Lima, Nicole Eitner e Gustavo Ruriz.



Carlos do Carmo


Carlos do Carmo venceu os prémios "Goya". Galardão espanhol idêntico aos óscares, que premiou assim Carlos do Carmo, com a melhor música original num filme.
Recordo aqui uma canção do albúm "Tempo" de Pedro Abrunhosa, interpretada por Carlos do Carmo.


Manhã
Pedro Abrunhosa
in Tempo

Manhã, que em ti encerra
Este mar que não se altera,
este vento na galera
que teima em ti pousar.
Madrugada, de repente
Sou pássaro sou gente,
Tão distante e nunca ausente
E teimo em ti pousar.

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Teu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar.

Barco que torna ao porto
No teu corpo eu me aporto,
Aí fico e me recordo
E teimo em ti pousar.
Neblina, despertada
Tão leve quanto a espada,
Que se bate por tudo e nada
E teima em ti pousar.

Mulher, minha alvorada
Tu és o vento que tarda,
Por ti pouso o cansaço
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Meu leito é o meu regaço
Eu quero assim ficar.
Na verdade de um poema
Na mentira de um abraço,
Meu leito é o teu regaço
Eu quero assim ficar.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Manifestação dos Milionários Oprimidos



Pelo mercado do Bolhão



Se tiveres de acordo, envia o seguinte texto para: geral@cm-porto.pt, ippar@ippar.pt,
drp.ippar@ippar.pt

Caro Rui Rio / Dr. Elísio Summavielle / Arq.ª Paula Araújo Pereira da Silva


Tendo conhecimento que o mercado do Bolhão está em riscos de desaparecer venho por este meio apelar à sua consciência para que tal não aconteça.

Este típico mercado da cidade do Porto, classificado como Património Nacional, tem vindo a resistir ao longo dos anos, sendo considerado a alma da cidade onde se podem ainda encontrar as típicas vendedeiras e as genuínas gentes do Porto.

Não quero que o Mercado seja entregue a uma empresa privada para o gerir durante 50 anos. O projecto da /TCN - Tramcrone / vai transformar o mercado tradicional em mais um centro comercial igual a muitos outros, sem nada de característico.

Quero viver numa cidade bonita, com edifícios com história e poder entrar neles e comprar legumes frescos e da nossa terra.


Nome:
BI:
Localidade:

Data: