domingo, fevereiro 27, 2011

Round Here




Round Here
Step out the front door like a ghost
Into the fog where no one notices
The contrast of white on white.

And in between the moon and you
The angels get a better view
Of the crumbling difference between wrong and right.

I walk in the air between the rain,
Through myself and back again.
Where? I don't know

Maria says she's dying.
Through the door, I hear her crying
Why? I don't know

Round here we always stand up straight
Round here something radiates

Maria came from Nashville with a suitcase in her hand
She said she'd like to meet a boy who looks like Elvis
She walks along the edge of where the ocean meets the land
Just like she's walking on a wire in the circus
She parks her car outside of my house
Takes her clothes off,
Says she's close to understanding Jesus
She knows she's more than just a little misunderstood
She has trouble acting normal when she's nervous

Round here we're carving out our names
Round here we all look the same
Round here we talk just like lions
But we sacrifice like lambs
Round here she's slipping through my hands

Sleeping children got to run like the wind
Out of the lightning dream
Mama's little baby better get herself in
Out of the lightning

She says, "It's only in my head."
She says, "Shhh...I know it's only in my head."

But the girl on the car in the parking lot
Says: "Man, you should try to take a shot
Can't you see my walls are crumbling?"

Then she looks up at the building
And says she's thinking of jumping.
She says she's tired of life;
She must be tired of something.

Round here she's always on my mind
Round here I got lots of time
Round here we're never sent to bed early
Nobody makes us wait
Round here we stay up very very late

I can't see nothing, nothing
Round here
Catch me if I'm falling
Catch me if I'm falling
Catch me cause I'm falling down on you

I said I'm under the gun
Round here
Oh man, I said I'm under the gun
Round here
I can't see nothing, nothing
Round here

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

Racismo é Burrice




Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Racismo é burrice

Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Racismo é burrice

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral

Racismo é burrice

O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice

Racismo é burrice

E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Uma Aventura em Angra do Heroísmo - 2ª Temporada - Parte 4



Monte Brasil

Uma Aventura em Angra do Heroísmo - 2ª Temporada - Parte 3



Monte Brasil

Uma Aventura em Angra do Heroísmo - 2ª Temporada - Parte 2


Pico do Facho

Trabalho escolar de alunos



Em Portugal é só crise o ano inteiro...



Uma Aventura em Angra do Heroísmo - 2ª Temporada - Parte 1




Praça Velha, Angra do Heroísmo, 16 de Fevereiro de 2011


O município de Angra do Heroísmo, não querendo ficar com parecença ao do Porto, apenas por o actual edifício da Câmara ser uma réplica do edifício dos antigos Passos do Concelho do Porto, resolveu também alterar a Praça à sua frente.
Querem transformar a Praça Velha, em nova, mas o que se vê nesta fotografia, é que a outrora lindíssima Praça Velha é hoje uma Praça Destruída.
As árvores são sempre as primeiras a irem...

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Meu amor está perto




a chuva molha a minha roupa
os carros não param de gritar
convidando-me para morrer
eu procuro não olhar
desse eu brilho à minha estrela
não teria de me esconder
mas a chuva nas minhas mãos lembra-me
que vou morrer

meu amor está perto
vejo-o correndo para mim
só que eu não sou certo
vejo-me correndo para o fim

vem morar na tua casa
a pobre nunca te viu ficar
chegas sempre com um dos pés pronto
para não entrar

Como foi


Nuno Prata - " Como Foi " com Nico Tricot e António Serginho from Tiago Pereira on Vimeo.


Como foi, como acabou - afinal o que é que o medo não deixou?
Do que fiz o que sobrou? (O tempo mostra-me só o que matou.)
Quem me fez, quem me enganou, ao menos que me explique agora o que sou.
Quem me fez, quem me mudou, ao menos que me diga agora onde estou.
Como foi, como acabou? (Haja alguém que me explique agora onde estou.)

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Aconteceres-te




Vês o que vejo?
(ainda respiro)
Por onde andei,
por onde sigo?
Pus meus pés em chão que não sentia
e hoje nem me lembro mais o que queria.

Vês o que tenho
(E porque vivo)?
Leva uma vida,
mas eu consigo: Andar, andar e nunca parar.
Parar é duvidar e eu já não duvido.
Já sinto o peito, já me distingo.
Já sou um homem, já estou comigo.
E rir como antes como quando ria,
é só o que falta,
mas agora já vai de mim.

Tu não tens nada a ver,
já não tens nada a ver.
Tu escolheste e não foi por aqui que vieste,
sobrei muito mais que aquilo que me quiseste.

Nada é tão mau

Encontra mais artistas como Nuno Prata em Música do Myspace

Alegremente cantando e rindo

Encontra mais artistas como Nuno Prata em Música do Myspace

Se acabou, acabou

Nuno Prata - " Se acabou, acabou" com Nico Tricot e António Serginho from Tiago Pereira on Vimeo.



Se é isso que precisas,
então está decidido.
Não vou mentir.
Mentira não sara um coração ferido
e eu não consigo dar mais do que sou.
Talvez que com o tempo isto ganhasse algum sentido.
Não vou mentir.
Carinho não é amor garantido,
mas é exactamente aquilo que sobrou.

Se é isso que persegues,
então está resolvido.
Só não me peças que fique hoje aqui a dormir contigo.
Não me parece que haja algum motivo.
Se queres ter as certezas que te traz a despedida,
então adeus,
eu já me considero despedido.
Não foi hoje que isto acabou.

Se acabou, acabou.
Eu já cá não estou.
Se acabou, acabou.
Eu não posso ficar cá agarrado àquilo que outra vez falhou.

Linhas Cruzadas




Reajo a esse incomodo olhar
Nem quero acreditar
Que vem na minha direção
Há dias que estou a reparar
Nem queres disfarçar
Roubas a minha atenção
Aprecio o teu dom de tornar
Num clique o meu falar
Numa total confusão
Confesso que só de imaginar
Que te vou encontrar
Me sobe à boca o coração
(Refrão)
E falas de ti
E Falas do tempo
Prolongas o momento
De um simples cumprimentar
Falas do dia
Falas da noite
Nem sei que responda
Perdido no teu olhar
É certo que sempre ouvi dizer
Que do querer ao fazer
Vai um enorme esticão
Mas haverá quem possa negar
Que querer é poder
E o nunca é uma invenção
Bem sei que este nosso cruzar
Pode até nem passar
De um capricho sem valor
Mas porque raio hei-de evitar
Se esse teu ar
Me trouxe ao sangue calor
(Refrão)
E falas de ti
E Falas do tempo
Prolongas o momento
De um simples cumprimentar
Falas do dia
Falas da noite
Nem sei que responda
Perdido no teu olhar

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Pedro Abrunhosa sobre Educação

A contínua hostilização aos professores feita por este, e outros governos, vai acabar por levar cada vez mais pais a recorrer ao privado, mais caro e nem sempre tão bem equipado, mas com uma estabilidade garantida ao nível da conflitualidade laboral.

O problema é que esta tendência neo-liberal escamoteada da privatização do bem público, leva a uma abdicação por parte do estado do seu papel moderador entre, precisamente, essa conflitualidade laboral latente, transversal à actividade humana, a desmotivação de uma classe fundamental na construção de princípios e valores, e a formação pura e dura, desafectada de interesses particulares, de gerações articuladas no equilíbrio entre o saber e o ter.

O trabalho dos professores, desde há muito, vem sendo desacreditado pelas sucessivas tutelas, numa incompreensível espiral de má gestão que levará um dia a que os docentes sejam apenas administradores de horários e reprodutores de programas impostos cegamente.

(…)

O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante.

Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino.

Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade.

Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve.
(…)

Pedro Abrunhosa

domingo, fevereiro 06, 2011

Por outras palavras




Ninguém disse
Que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre mais uma madrugada

Ninguém disse
Que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
Mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Ninguém disse
Que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre mais uma madrugada


E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por Chegar ao fim

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar me no mundo e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Prima da Chula

Outra Margem

‎"A precariedade é este mundo parvo onde para ser escravo é preciso estudar"


José Soeiro, Bloco de Esquerda