quarta-feira, outubro 29, 2008

O eterno patinho feio




A maior parte, já se transformou em cisne, mas há um que insiste em ser patinho feio! Conseguem adivinhar quem?

Fora da Ordem


Enquanto Lula da Silva e José Sócrates defendem uma nova ordem no sistema económico global, em Salvador da Baía, recordo o que um Baiano disse há uns anos atrás:

Guilherme Rietsch Monteiro

Fora da Ordem
Caetano Veloso

Vapor barato
Um mero serviçal
Do narcotráfico
Foi encontrado na ruína
De uma escola em construção...

Aqui tudo parece
Que era ainda construção
E já é ruína
Tudo é menino, menina
No olho da rua
O asfalto, a ponte, o viaduto
Ganindo prá lua
Nada continua...

E o cano da pistola
Que as crianças mordem
Reflete todas as cores
Da paisagem da cidade
Que é muito mais bonita
E muito mais intensa
Do que no cartão postal...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial...(4x)

Escuras coxas duras
Tuas duas de acrobata mulata
Tua batata da perna moderna
A trupe intrépida em que fluis...

Te encontro em Sampa
De onde mal se vê
Quem sobe ou desce a rampa
Alguma coisa em nossa transa
É quase luz forte demais
Parece pôr tudo à prova
Parece fogo, parece
Parece paz, parece paz...

Pletora de alegria
Um show de Jorge Benjor
Dentro de nós
É muito, é grande
É total...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial...(4x)

Meu canto esconde-se
Como um bando de Ianomâmis
Na floresta
Na minha testa caem
Vem colocar-se plumas
De um velho cocar...

Estou de pé em cima
Do monte de imundo
Lixo baiano
Cuspo chicletes do ódio
No esgoto exposto do Leblon
Mas retribuo a piscadela
Do garoto de frete
Do Trianon
Eu sei o que é bom...

Eu não espero pelo dia
Em que todos
Os homens concordem
Apenas sei de diversas
Harmonias bonitas
Possíveis sem juízo final...

Alguma coisa
Está fora da ordem
Fora da nova ordem
Mundial...(várias vezes)

terça-feira, outubro 28, 2008

É só mais um começo

Porque sim

Nuno Prata
in, Todos os dias fossem estes/outros

Esta é para ti porque sim.
Porque cheguei a casa e senti
porque sinto o vento da mudança a dançar para mim:
é que este vem de ti. Vem de ti porque sim.

Esta é para ti porque sim.
Porque cheguei a casa e sem ti
já me sinto incapaz de crer no que vejo crescer
da soma destes dias, e dias, e dias, e dias…

Dava-te tudo se tudo fosse pra teu bem,
dava-te a vida se a minha vida valesse um dia nosso.
Dava-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim,
se o não tivesse perdido
ao perceber que a melhor parte de nós não nos obedece.

Mas mesmo assim…

Esta é para ti porque sim.
Porque cheguei a casa, e então vi que me sinto
finalmente pronto a aceitar que até há coisas que são assim.
Só assim: porque sim.

Esta é para ti porque sim.
Por ser para ti o riso que ri dentro de mim.
Pobre ilusão…
Ainda assim vai resistindo dias, e dias, e dias, e dias…

Dava-te tudo se tudo fosse pra teu bem.
Dava-te a vida se a tua vida pedisse um dia nosso.
Dav-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim,
se não tivesse perdido de vez a noção do que ainda posso
e do que já não posso.

Mas mesmo assim…

Esta é para ti porque sim.
Porque cheguei a casa e senti
porque sinto o vento da mudança a dançar para mim:
é que este vem de ti. Vem de ti porque sim…

Ou esta é para mim? Porque não para mim?
Tu és só uma ideia — tu não és mesmo assim —
que em qualquer uma encaixo se pensar porque sim.
OK, não minto mais: esta é para mim.

Dava-te tudo se tudo fosse pra meu bem,
dava-te a vida se a minha vida pedisse algo de nosso.
Dava-te, juro, o melhor do melhor, do melhor de mim,
se o não tivesse deitado fora ao ver
que a melhor parte de nós de nada nos serve.

Ainda assim…

Hoje quem?

Nuno Prata
in, Todos os dias fossem estes/outros

Hoje quem acordou na minha cama,
hoje quem é que eu sou?
Já é manhã mas esta noite ainda não passou.

Que força tenho quando me tenho só a mim,
de quem mais eu preciso para respirar?
A minha cara faz-me sempre lembrar alguém…
E os meus olhos são de quem?

Eu queria ser como tu.
Eu queria crer como tu.

Eu queria ser como eu
mas dos meus sonhos acorda outro alguém.
Eu queria ser como quem?

Hoje quem acordou na minha carne
e que sonhos roubou
na madrugada de um dia que já passou?

Todo o tempo é tempo de acreditar.
Mas tanto tempo já passou
sem que a fé encontrasse em mim lugar…
(Estava sempre onde eu não queria estar.)

Eu queria ser como tu.
Eu queria crer como tu.

Eu queria ser como eu
mas dos meus sonhos acorda outro alguém.
Eu queria ser como quem?

Hoje quem acordou na minha cama,
hoje quem é que eu sou?
Já estou a pé e o dia ainda nem chegou

Guarda bem o teu tesouro

Nuno Prata
in, Todos os dias fossem estes/outros

Guarda bem o teu tesouro,
nem penses que o vais deixar.
Não queiras ser mais um tolo
que se afasta de quem quer gostar.

Guarda bem o teu consolo.
Guarda, dele bem vais precisar.
É que a vida leva-te a razão
e o mau tempo vem sem avisar.

Guarda bem o teu tesouro,
dá-lhe o melhor lugar do teu lar.
O que tens é muito mais do que ouro
e nem precisaste de roubar.

Guarda bem o teu tesouro,
se não sabes porque o vais trocar.
Não vejas na minha luta
os passos que te apetece dar,

eu sou sempre mau agoiro.
Guarda, então, o teu tesouro
Pois eu corri atrás de tudo
e com nada consegui ficar

Figuras Tristes

Nuno Prata
in, Todos os dias fossem estes/outros

Pára! Porque insistes
em ouvir quem não te quer falar?
Pára de fazer figuras tristes!
Pára!, deixa em paz quem nunca se vai ver no teu lugar.
Que mania tu tens de nos pôr todos a pensar
como se nos preocupássemos uns com os outros!

Eu sei, é difícil resistir se nos sentimos sós,
mas sozinhos entendemos bem o que buscar.
No meio de tanta confusão
é natural tentar forçar quem não nos percebe
a gostar de nós
e a dizer-nos que o esforço vale a pena.

Eu cá vou bem, não me dói demasiado.
Só dava o que tenho pra ver alguém do meu lado.

O que ontem foi
hoje tu já não consegues mudar.
Porque continuas a tentar?
Dá-te gozo imaginar aquilo que seria teu
se tivesses feito o que não fizeste,
e o que serias se não fosses o que realmente és?

Eu cá vou bem, não me dói demasiado.
Só dava o que tenho pra ver alguém do meu lado.

Se forem a Lisboa, a Lurdinhas demite-se!



Alegremente cantando e rindo vamos

Nuno Prata
in, Todos os dias fossem estes/outros

Vamos cantando e rindo, alegremente.
Constatamos: borramos o mindinho.
É insignificante o preço para que nos aprovem o caminho.

Vamos cantando e rindo. Alegremente
deixando que a merda nos chegue ao umbigo.
Não há perigo, não há perigo — estão aqui muitos comigo.

Vamos cantando e rindo, e eu acho isso lindo.
Vamos cantando e rindo, e eu acho isso tão lindo.

Vamos cantando e rindo. Alegremente
deixando que a merda nos chegue aos ouvidos.
E é impressionante… Como é que eu ainda respiro?

Vamos cantando e rindo. Alegremente
enterrados na merda que nos impingem.
É o nosso destino. Não se contraria o destino…

Vamos cantando e rindo, e eu acho isso lindo.
Vamos cantando e rindo, e eu acho isso tão lindo.

E ainda cantamos. E ainda cá estamos.
E ainda servimos por mais alguns anos.

E ainda cantamos. E ainda nos rimos.
E ainda ficamos por mais alguns anos.

Novas Manhãs

Música: Raul Marques
Letra: Edgar Z
in, Ligações Perigosas

Hoje eu acordei e olhei em volta
Na rua não vi marcas de uma manhã
Nem a rádio deu as dez

Não ouvi o som, que é do pós madrugada
Salto da cama ao ver a razão
Sei que há manhãs para nós.

Hoje eu vi o chão, é como esta cama
Amar não é mais que outra forma de amar
Tende a ser igual

Ver-te ao acordar sem achar que és o dia
Mesmo se a noite é plena de amor
Há novas manhãs para nós.

Para dar o que eu sou com sabor a paz
Que a manhã seja calma e nunca mordaz
Para dar o que é meu sem cobrar depois
É melhor acordar

E então dormir
Termos sonhos a dois
Quando for de manhã
Nada perde o seu brilho.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Eu para Presidente! :-)



E A ONU, DROGA-SE?

Fernanda Câncio, in DN


Perguntadas, a maioria das pessoas responderá que uma droga é uma substância proibida que faz mal à saúde. Algumas talvez acrescentem que altera a percepção. A primeira definição - proibida - é porém a mais imediata e assertiva. E, naturalmente, proibida igual a má. A mesma lógica, aplicada ao contrário, resulta naquilo que esta semana fez parangonas. A saber, o facto de um estudo da Cruz Vermelha portuguesa (CV) sobre o consumo de álcool entre os jovens ter concluído que estes não têm consciência de que o seu consumo faz mal e à pergunta "o álcool é uma droga?" responderem negativamente.

A única coisa espantosa neste estudo é ter espantado alguém. Há 10 anos, foi manchete do DN um inquérito europeu sobre consumo de substâncias estupefacientes e psicotrópicas por estudantes dos 13 aos 15, efectuado sobretudo com o objectivo de aferir do consumo daquelas a que se costuma dar o nome de "drogas", e que evidenciava um brutal consumo de substâncias legais (além do álcool, barbitúricos) face ao diminuto consumo das ilegais. Especialistas entrevistados falavam de um consumo "toxicómano" do álcool pelos miúdos - a ingestão acelerada, com o objectivo de atingir o estado etilizado. O paradoxo prolongava-se no irrisório investimento no combate ao consumo e à dependência do álcool, um milionésimo do gasto no "combate à droga" - assim permanecendo, 10 anos depois.

Aliás, ainda não se logrou sequer proibir o consumo de álcool a menores de 18 (que não passou à primeira nem à segunda, fixando-se nos 16, e com os efeitos práticos que o estudo da CV dá a ver), nem interditar anúncios a álcool na TV. Em contrapartida, a proposta, em 99, de transformar o consumo de drogas - as tais substâncias proibidas - de crime em contra-ordenação foi o fim do mundo. A medida acabaria por ser aprovada (vigora desde 2001) mas a discussão sobre as reais diferenças e semelhanças entre o que é comummente considerado "droga" e substâncias legais e aculturadas como o álcool e o tabaco nunca arrancou. A maioria dos pais ficará em choque se descobrir que o seu rebento adolescente deu uma passa num charro de haxixe mas até acha graça a vê-lo chegar entornado de uma noitada com amigos - especialmente se for rapaz. Pouco importa que o álcool (para não falar do tabaco) tenha uma mortalidade e uma morbilidade associadas infinitamente superiores às do haxixe: se há substâncias proibidas e o álcool não é proibido, não pode ser assim tão mau, certo? A lógica é inatacável e a irresponsabilidade deve ser assacada a quem há décadas aprovou uma listagem de substâncias proibidas e inventou o conceito circular e estulto de droga como algo que faz mal porque é proibido, invertendo a ordem da prova e diabolizando umas substâncias em benefício de outras. Mais precisamente, as Nações Unidas (para quem não sabe, a proibição de consumo, produção e venda das substâncias conhecidas como drogas foi decidida em três convenções da ONU, entre 1961 e 1981). Caso para perguntar que droga marada andaram a tomar, e como é que ainda ninguém ficou sóbrio.|

Eject



quarta-feira, outubro 22, 2008

segunda-feira, outubro 20, 2008

Vamos Brincar À Caridadezinha

José Barata Moura

Vamos brincar à caridadezinha
Festa, canasta e boa comidinha
Vamos brincar à caridadezinha

A senhora de não sei quem
Que é de todos e de mais alguém
Passa a tarde descansada
Mastigando a torrada
Com muita pena do pobre,
Coitada

Vamos brincar à caridadezinha
Festa, canasta e boa comidinha
Vamos brincar à caridadezinha

Neste mundo de instituição
Cataloga-se até o coração
Paga botas e merenda
Rouba muito mas dá prenda
E ao peito terá
Uma comenda

Vamos brincar à caridadezinha
Festa, canasta e boa comidinha
Vamos brincar à caridadezinha

O pobre no seu penar
Habitua-se a rastejar
E no campo ou na cidade
Faz da sua infelicidade
Algo para os desportistas
Da caridade

Não vamos brincar à caridadezinha
Festa, canasta e a falsa intençãozinha
Não vamos brincar à caridadezinha.

Erradicar a Pobreza



Quem me dera ser só da cintura para cima


sexta-feira, outubro 17, 2008

LEVANTA-TE E ACTUA!






Dia 17 de Outubro é o Dia Mundial para a erradicação da pobreza e, à semelhança do ano passado, espera-se que volte a ser um grande momento de mobilização a nível nacional e internacional.

Em 2007, mais de 43 milhões de pessoas levantaram-se para exigir aos líderes mundiais que cumpram as suas promessas para acabar com a pobreza e desigualdade. Portugal contribuiu com mais de 65 mil vozes nesta iniciativa. Este ano precisamos da tua ajuda para bater um novo recorde e a enviar uma mensagem ainda mais forte para os nossos governantes.

Estamos a meio caminho de 2015, ano que marcará o final do período para alcançar os Objectivos do Milénio. É urgente “Levantarmo-nos e Actuarmos”, para que os governos honrem os seus compromissos. Tal só acontecerá se tomarmos uma posição clara.
Esta data representa uma excelente oportunidade para mobilizar a sociedade civil a actuar contra a dura realidade da pobreza extrema. A cada dia que passa, 50 mil pessoas morrem de pobreza extrema e a desigualdade entre os ricos e pobres não pára de aumentar. Aproximadamente metade da população mundial vive em situação de pobreza!

Lançamos o convite para que em Portugal todos e todas, individualmente ou em grupo, se levantem, literal e simbolicamente, entre os dias 17, 18 e 19 de Outubro, como forma de protesto.

Divulga esta acção pelo teu grupo de amigos, família, escola, empresa, local de culto, grupo cultural ou desportivo... Não fiques sentad@... ACTUA!

quinta-feira, outubro 16, 2008

O mundo ao contrário



Sem comentários



O Juízo Universal

Manuel António Pina, in JN


Afinal o fim do mundo não começou no buraco negro que o Grande Colisor de Hadrões ia gerar algures na Suíça, começou no buraco negro gerado na Wall Street pela colisão das expectativas dos especuladores financeiros com a realidade, que está a engolir bancos e países, boas intenções e intenções nem por isso, teorias económicas e terceiras vias políticas.

Já se sabia desde "Il Giudizio Universal", de Sica, que as pessoas reagem de diferentes modos ao Dilúvio: há quem compre a alma, quem compre galochas, quem venda guarda-chuvas e quem aproveite os últimos minutos em orgias apocalípticas nos andares altos. Os executivos da AIG são deste tipo. Mal receberam 85 mil milhões dos contribuintes para manter a empresa (a quem milhares de americanos confiaram os seus fundos de pensões) à tona, juntaram-se num fim-de-semana num "resort" de luxo da Califórnia onde investiram 440 mil dólares em jantaradas e spa. Segundo a ABC News, boa parte do investimento foi aplicado em manicures e pedicures. Provavelmente para embonecar a "mão invisível" que se diz que auto-regula o mercado. E, já agora, o pé.

Experiência



quarta-feira, outubro 15, 2008

...e o tarado sou eu!

Jorge Prendas, in Vozes da Rádio.


Já aqui mantive um aceso debate sobre o escutismo. Na altura a Media Markt publicitava as suas máquinas de lavar roupa colocando um escuteiro em defecação no tambor da dita máquina. O corpo nacional de escutas indignou-se e eu lá tive que comentar a indignação e a defecação. A indignação não terminou (ao contrário da defecação) e passou depois para os comentários do esgalhanço. Fiquei a saber, pela escrita de leitores, que o escutismo é uma escola de vida.
Pois bem, o meu querido amigo João Silva, às voltas com o doutoramento em Newcastle, enviou-me a prova dessa tal escola de vida. Aliás, o João tem-me mandado material suficiente para escrever 20 esgalhanços por dia. É genial o que se passa no mundo e não damos conta. Obrigado João.
Ora, para quem não domina totalmente a lingua do príncipe com orelhas de burro, o que aqui se mostra são dois jovens, que nem púberes são, na cruzada pelo rastreio do cancro da mama. No alto dos seus doze anos, estes dois meninos que mais parecem da polícia montada do Canadá, são especialistas na apalpação mamária e andam envolvidos numa campanha, explicando e incentivando mulheres ao rastreio.
Devo dizer que a acção em si é mui nobre, útil e merece todo o meu apoio e respeito. Infelizmente já não irei a tempo para entrar num exército destes, espalhando de forma táctil todo o meu saber e a minha dedicação. Fica agora, com quarenta anos, o meu lamento pelo facto dos meus pais não me terem proporcionado esta experiência de vida, feita de vales e montes. Até porque, e segundo a minha santa mãe, ainda eu nos meus dois anos e já a visão de qualquer decote provocava em mim um frenesim enorme e um entusiasmo incontrolável. De tal maneira que repetia excitadíssimo: bolas, bolas, bolas...




terça-feira, outubro 14, 2008

Próximo...

António Lobo Antunes, in Visão


Espera-se para tudo, somos feitos não de carne, de paciência, se calhar já nascemos com um papelinho na mão. Retire aqui o seu bilhete e aguarde a sua vez. Aguardo a minha vez. Desde que me conheço que aguardo a minha vez.

Costuletas há salsicheiro

Jorge Prendas in Vozes da Rádio

Tenho um fascínio especial pelos erros de escrita com que habitualmente choco. Os mais bonitos são, sem dúvida, os das ementas.
Esta semana, na mesma casa de pasto, ali para Matosinhos, consegui ler costuletas há salsicheiro, batatas cuzidas e panados rechiados. Infelizmente não consegui tirar a fotografia desejada, porque a ementa não fica a jeito da máquina... ou melhor, ao tirar a foto poderia arriscar-me a ficar para sempre impossibilitado de ver coisas tão lindas como estas.
Mas voltando às ementas e à restauração em geral, nunca me esquecerei da placa de Lavavos num restaurante que frequentei várias vezes na beira alta. Ou a lousa gigantesca que vi há umas semanas atrás no exterior de um restaurante: Rozões. Tive que ler várias vezes e com sotaque, para perceber que o prato do dia era Rojões à Moda do Minho. Desta, tenho foto... não posso é colocá-la hoje aqui porque... não vos interessa... arrumações em curso aqui pelo escritório...
As sobremesas são no entanto o toque de Midas dos desvios ortográficos. A culpa é dos nomes estrageirados de algumas das nossas iguarias. Quem já não viu uma Babaruase? ou uma maravilha, que uma vez comemos nos arredores de Lisboa, de nome Pavarote? Depois, há tantos grafismos para a mousse que já nem a Academia de Letras deve saber qual a forma mais correcta de escrever o nome deste doce. Por escrever doce... doçe também é um clássico já como qualquer palavra em que o cê preceda um e ou um i. Até na televisão do serviço público se pode ler legendas como Françês.
Os exemplos são inesgotáveis. Tenho tirado algumas boas fotos, que fazem já uma bela colecção. A que deixo hoje aqui diz-me muito. Foi tirada em Serralves, naquela maratona do último fim-de-semana de Junho, e nem o ar culturalmente saudável da Fundação escondeu a Percursão. Este erro, que também já vi em capas de discos (onde as percursões são tocadas por percursionistas), foi um dos mais horríveis que já vi... não nesta situação em Serralves, mas na Universidade de Aveiro, onde pela primeira vez me confrontei com a anormalidade. No departamento de Música e na porta da sala de percussão lá estava em letras gordas e vacais: Sala de Percursão! E não houve durante muito tempo, besta que chegasse ali e arrancasse o erro...




As 2 faces



O Festim



Zé Carlos nº 2



Humor Negro



sexta-feira, outubro 10, 2008

Perguntas ao PS


O PS (para quem possa pensar que significa Partido Socialista, esclareço que o S é de Socrástico), prepara-se para chumbar hoje na Assembleia da República, os projectos do PEV e do Bloco de Esquerda, sobre casamentos homossexuais, afirmando estar de acordo, mas achando não ser a altura certa.

Inspirado na rábula CarJaquim dos Gato Fedorento, eis as minhas perguntas ao PS:

É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
Ufff!
Urgh!
Humm!
Ahhh!
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
Ufff!
Urgh!
Humm!
Ahhh!
E agora?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
Ufff!
Urgh!
Humm!
Ahhh!
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É a altura?
É A ALTURA, FODA-SE?!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Guilherme Rietsch Monteiro

quarta-feira, outubro 08, 2008

No se estar enamorado

No se estar enamorado
No se estar enamorado, ni mirarte enamorado
Ni decirte que te quiero, aunque estoy enamorado
No se estar enamorado, ni besarte enamorado
ni siquiera cuando te amo, se que estoy enamorado

Yo te quiero con locura y no se estar enamorado
Aprender me cuesta tanto que me creo que no valgo
Acostumbrado a no querer, creí que no te quería
Que poco me conocía,
creí que no te quería y sin ti me moriría

De las cosas de querer solo se que no se nada
De las cosas del querer solo se que nada se
Con las cosas del querer que difícil es saber
cuando estás enamorado,
y sin ti me moriría

No se estar enamorado
ni decirte que te quiero, ni gritarte que te amo
aprender me cuesta tanto, tanto tanto tanto tanto
creí que no te quería y sin ti no se que haría
y sin ti no viviría
y sin ti me moriría

Quítame La Vida

Dicen que vuela por el cielo una estrella
que vendio su alma a un diablo poeta.
Dicen que a cambio tan solo pedia
que la luna llena brillara para ella

Alivia ese dolor o quitame la vida
con tu boca o quitame la vida
Dejame ver el color o quitame la vida
con tus ojos o quitame la vida

Dicen que existe un amargo veneno
con sabor a limon y que huele a centeno
Dicen los sabios que ese fue el secreto
que perdio a la estrella detras de algun cometa

Cuenta la historia que la luna llena
paso mucho tiempo brillando para ella
Y loca la estrella pasaba las noches
bailando en las nubes con el diablo poeta

Quiero Ser Poeta

He aprendido como andar por encima del sol sin quemarme los pies.
Lo he podido abrazar sin notar el calor que dicen que desprende.
He aprendido a volar con el viento que sopla tan sólo pa' verte.
Y aunque tu estés tan lejos vendré a buscarte y mas tarde quien sabe,
y mas tarde quien sabe.
Quiero ser poeta,
y decirte a la cara que me gustas un poco, o mejor con locura.
Quiero ser poeta,
y rogarte por la cara que te quedes un rato, o mejor para siempre
y rogarte por la cara que te quedes un rato, o mejor para siempre,
o mejor para siempre.
Me das miedo y siento pena
me das miedo y siento pena
penita pena
He aprendido a quererte cada día un poco más
He aprendido a olvidarte cada día un poco más
He aprendido a quererte cada día un poco más
He aprendido a olvidarte cada día un poco más
Y siento pena
penita pena
y siento pena
penita pena

Depende




Que el blanco sea blanco
y que el negro sea negro,
que uno y uno sean dos
porque exactos son los números
Depende

Que aquí estamos de prestao
que el cielo está nublao
que uno nace y luego muere
y este cuento se ha acabao
Depende
Depende ¿de qué depende?
de según como se mire, todo depende

Que bonito es el amor
mas que nunca en Primavera
que mañana sale el sol
porque estamos en Agosto
Depende

que con el paso del tiempo
el vino se hace bueno
que to lo que sube, baja
de abajo arriba y de arriba abajo
Depende
Depende ¿de qué depende?
de según como se mire, todo depende

Que no has conocido a nadie
que te bese como yo
que no hay otro hombre en tu vida
que de ti se beneficie
Depende

y si quiere decir si
cada vez que abres la boca
que te hace muy feliz
que sea el día de tu boda
Depende
Depende ¿de qué depende?
de según como se mire, todo depende

La Flaca




En la vida conocí mujer igual a la Flaca,
coral negro de la Habana, tremendísima mulata,
cien libras de piel y hueso, cuarenta kilos de salsa,
y en la cara dos soles, que sin palabras hablan,
que sin palabras hablan.

La Flaca duerme de día, dice que así el hambre engaña,
y cuando cae la noche baja a bailar a la tasca.
Y bailar y bailar, y tomar y tomar
una cerveza tras otra pero ella nunca engorda,
pero ella nunca engorda

Por un beso de la Flaca daría lo que fuera,
por un beso de ella, aunque sólo uno fuera.

Mojé mis sábanas blancas, como dice la canción,
recordando las caricias que me brindó el primer día
y enloquezco de ganas de dormir a su ladito,
porque ¡Dios! que esta flaca a mí me tiene loquito.
O-oh, a mí me tiene loquito

Bonito




Bonito, todo me parece bonito
Bonita mañana
bonito lugar
bonita la cama
qué bien se ve el mar
bonito es el día
y acaba de empezar bonita la vida
respira, respira, respira

El teléfono suena, mi pana se queja
la cosa va mal, la vida le pesa
que vivir así ya no le interesa
que seguir así no vale la pena
se perdió el amor, se acabó la fiesta
ya no anda el motor que empuja la tierra
la vida es un chiste con triste final
el futuro no existe pero yo le digo...

Bonito todo me parece bonito

Bonita la paz, bonita la vida
bonito volver a nacer cada día
bonita la verdad cuando no suena a mentira
bonita la amistad, bonita la risa
bonita la gente cuando hay calidad
bonita la gente que no se arrepiente
que gana y que pierde, que habla y no miente
bonita la gente por eso yo digo...

Bonito, todo me parece bonito

Qué bonito que te va cuando te va bonito,
qué bonito que te va

Bonito, todo me parece bonito
La mar la mañana, la casa, la sombra,
la tierra, la paz y la vida que pasa.
Bonito, todo me parece bonito.
Tu calma, tu salsa, la mancha en la
espalda, tu cara, tus ganas el fin de semana

Bonita la gente que viene y que va
bonita la gente que no se detiene
bonita la gente que no tiene edad
que escucha, que entiende, que tiene y que da

Bonito Portet, bonito Peret
bonita la rumba, bonito José
bonita la brisa que no tiene prisa
bonito este día, respira, respira
Bonita la gente cuando es de verdad
Bonita la gente que es diferente
Que tiembla, que siente
Que vive el presente
bonita la gente que estuvo y no está.

Bonito, todo me parece bonito.

Qué bonito que te va cuando te va bonito,
qué bonito que te va.
Qué bonito que se está cuando se está
bonito qué bonito que se está.

Bonito, todo me parece bonito

Chamaram-se Cigano



A formiga no carreiro



Canto Moço



Sempre, sempre a enganar o Povo



Gato Fedorento salva o Universo (e, em princípio, também Portugal)



terça-feira, outubro 07, 2008

A influência de Sócrates em Obama. Ou vice-versa

Ricardo Araújo Pereira, in Visão


Quem critica os que fazem bota-abaixo está a fazer bota-abaixo aos que fazem bota-abaixo? Tenho meditado profundamente nesta complicada questão desde que José Sócrates se insurgiu contra o bota-abaixo da oposição. Uma das primeiras dificuldades é a circunstância de eu não saber se o bota-abaixo se rege pelas leis da matemática, caso em que bota-abaixo com bota-abaixo daria bota-acima, e assim a atitude de Sócrates seria positiva. Por outro lado, fazer bota-abaixo sobre bota-abaixo pode configurar um cenário de duplo bota-abaixo, e elevar o bota-abaixo à condição superlativa de bota-abaixíssimo, o que não parece ser simpático.
Mais recentemente, Sócrates criticou a velha esquerda. Eu concordo que a velha esquerda tem muitos defeitos, e o conceito de nova esquerda, à partida, é atraente: eu gosto da esquerda e também sou amigo da novidade. O problema é que vou tendo bastantes dificuldades para distinguir a nova esquerda da velha direita. É possível que a nova esquerda não seja nova nem seja de esquerda, o que acaba por ser inquietante.
Talvez estes problemas resultem de um defeito de tradução. Sócrates tem visto em Barack Obama uma inspiração para a sua conduta política, e já tinha citado o americano quando afirmou, em Fevereiro, «Sim, nós podemos», e agora volta a adoptar o lema da campanha democrata: «A Força da Mudança». Além disso, Sócrates apareceu claramente mais bronzeado e com uma vontade inequívoca de deixar crescer as orelhas. A influência de Obama é nítida – e benfazeja. Obama quer mudar a política americana para corrigir os erros cometidos pelo governo dos Estados Unidos nos últimos anos. Ora, o governo português também tem cometido alguns erros nos últimos anos, e fica bem a Sócrates dizer que é preciso mudar. Chegámos a um ponto em que, por falta de comparência da oposição, Sócrates se vê forçado a opor-se a si próprio. Alguém tinha de o fazer, e é prova de grande nobreza de carácter que seja Sócrates a tomar em mãos essa tarefa. Antes que o PSD proponha mudança, Sócrates exige que se mude, e com força. Pode ser esquizofrénico, mas é bem visto.
É vulgar que o Presidente dos Estados Unidos determine a vida política das outras nações – ou, pelo menos, que tente determiná-la. Durão Barroso seguiu meticulosamente duas ou três propostas de Bush. Mas Obama tem a capacidade de influenciar a nossa vida política ainda antes de chegar à Casa Branca. Parece, aliás, ter mais facilidade em seduzir os europeus do que os americanos. Resta-nos esperar que os americanos façam a escolha certa em Novembro: se elegerem o mundo nunca ouvirá o discurso da vitória de Barack Obama. É bom que o povo dos Estados Unidos tenha a consciência clara da responsabilidade que carrega.

ONDE ESTÃO OS NEOLIBERAIS?

Mário Soares in DN


1 . Onde estão os neoliberais, que ninguém os ouve?

Há meses reclamavam, sem cessar, "menos Estado", mais privatizações. Nada de constrangimentos, de regras éticas, nem de serviços públicos. O importante era "reduzir os impostos", "deixar o mercado funcionar", quanto menos intervenções públicas, melhor. A "auto-regulação do mercado", dirigida pela "mão invisível", era bastante, o ideal. Privatizar os serviços de saúde (uma invenção socialista), a segurança social, as águas, os cemitérios, os correios, os transportes; pôr gestores privados a gerir os parques nacionais, privatizar as pousadas, recorrer a "seguranças privados", mesmo em estado de guerra, como no Iraque; privatizar, privatizar...

Os políticos - e a política - que não alinhassem passaram a ser uma praga, uma arqueologia, vinda de outros tempos, o bom mesmo eram os negócios, quanto mais melhor, a especulação - os políticos nos negócios e os negócios na política - os paraísos fiscais, ganhar dinheiro, a qualquer custo o dinheiro como o supremo valor das sociedades ditas livres e o mercado, "teologizado", como o Deus ex maquina do progresso. As regras para o funcionamento do mercado eram velharias obsoletas. A própria "democracia dita liberal" escorregou, a pouco e pouco, para a plutocracia. E a pobreza? Os pobres? Os operários, os camponeses, os empregados, as próprias antigamente chamadas classes médias? Deixados entregues à sua sorte, sujeitos à regra da selecção natural, a chamada lei da selva, em que os mais fortes (os ricos) devoram naturalmente os mais fracos (os pobres)... Quanto muito, as almas sensíveis, que não compreendiam o "espírito do tempo", tinham a caridade, um recurso que não prejudicava o sistema e fazia bem às almas...

Assim, o capitalismo americano, na sua fase financeira-especulativa, guiado pela ideologia neoliberal, fortalecida com o colapso do comunismo, influenciou fortemente the way of life americano, a ponto de conduzir a América do Norte às portas do descalabro financeiro e da recessão económica (Bush dixit). Tendo, ao mesmo tempo, efeitos muito negativos na Europa, inclusivamente na esquerda, chamada "terceira via" de Blair e dos seus adeptos... E começa a contaminar todo o mundo.

Os maiores bancos e seguradoras - coisa nunca vista, desde 1929 - entraram em falência técnica, devido, em parte, à avidez dos subprime, e voltou-se contra os gestores milionários, ameaçando engolir no descalabro as economias dos que neles confiaram.

Resultado: o recurso ao Estado (que heresia para os neoliberais!), como no caso das catástrofes naturais, como o Katrina, por exemplo. Quem paga? O Estado, quando os privados fogem e assobiam para o lado... Assim surgiu o plano Paulson, feito e refeito, sob a égide de Bush - que aceitou tudo - para salvar o sistema. Mas será que o plano, mobilizando 700 mil milhões de dólares, vai resolver alguma coisa? Ou tenta apenas salvar o sistema, nesta situação única de aperto?

Ora o que está podre, a agonizar, é justamente o capitalismo, na sua fase financeira e especulativa. É isso que se impõe mudar, regularizando a globalização, acabando com os paraísos fiscais, fonte das maiores especulações, introduzindo regras éticas estritas, preocupações sociais e ambientais e, como disse o "extremista" Sarkozy, no seu discurso de Toulon, "metendo na cadeia os grandes responsáveis das falências fraudulentas".

Haverá coragem para o fazer e modificar profundamente o sistema? Eis o que não está ainda nada claro, quer na América quer na Europa. A Irlanda foi a primeira a nacionalizar os bancos, seguida pela França, Holanda e pela Alemanha. Mas não será, por enquanto, apenas, uma medida de emergência, para salvar os prevaricadores, contrabalançando isso com fundos destinados a valer aos compradores de casas que nisso empenharam todas as suas poupanças e estão agora em risco de as perder?

Veremos, nas próximas semanas, como as crises irão evoluir. Entretanto, a campanha eleitoral para as presidenciais continua, com uma margem, que parece acentuar-se, em favor de Obama. O debate entre os candidatos a vice- -presidente denunciou as fragilidades de Sarah Palin -- embora saísse melhor do que se previa - mas, incontestavelmente, Joe Biden venceu, aparecendo muito contido, com um modelo de experiência e de tacto diplomático...

2.E a Europa?

Vai francamente mal, resvalando, a pouco e pouco, para uma recessão, que já está a atingir a França, a Irlanda, a Holanda, talvez a Espanha e outros países membros. Sarkozy, presidente em exercício, com a falta de senso que o caracteriza e a atracção pelo show-off, convocou para Paris uma Cimeira a Quatro. Os quatro maiores países da União. Nem sequer pensou que essa insólita conferência dos Quatro Grandes poderia ser vista como uma ressurreição da ideia de um "directório europeu", um espectro que preocupa todos os outros 23 Estados membros. A ideia era inventar um plano Paulson europeu. Foi obviamente rejeitada. Cada um por si, foi o que lhe responderam os seus três interlocutores, embora por razões diferentes.

Agora Sarkozy quer reunir o G8 não se sabe bem para quê. Com a América e a Rússia, pois claro. Sarkozy ainda não percebeu, como presidente em exercício da União, que os problemas europeus devem ser resolvidos consultando, em primeiro lugar, os europeus. E não houve ninguém que lho dissesse em voz alta... Assim vamos caminhando para o desastre. Sem rumo certo.
(...)

À procura do bode



A sorte de quem é pobre



segunda-feira, outubro 06, 2008

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Novelas



As Gajas do Magalhães



5 de Outubro - Versão Magalhães



CarJaquim

O Drama, o Horror...



A um morto nada se recusa e eu...

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Zé Carlos