terça-feira, setembro 27, 2011

Quase um segundo

Eu queria ver no escuro do mundo
Aonde está o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas pra te prender
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Ás vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Tudo que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

segunda-feira, setembro 26, 2011

Teatro/Dança de Serralves



Festa do Outono Serralves 2011



Festa do Outono de Serralves



Festa do Outono 2011



Festa do Outono



Jograis



Feria Afonsina em Guimarães



Capital Europeia da Cultura 2012



Guimarães



Feira Afonsina



2º andar direito




Ele vinte anos, e ela dezoito
e há cinco dias sem trocarem palavra
lembrando as zangas que um só beijo curava
e esta história começa no instante
em que o homem empurra a porta pesada
e entra no quarto onde a mulher está deitada
a dormir de um sono ligeiro

E no quarto, às cegas,
o escuro abraça-o como que a um companheiro
que se conhece pelo tocar e pelo cheiro
e é o ruído que o chão faz que lhe traz
o gosto ao quarto depois de uma ruptura
faz-lhe sentir que entre os dois algo ainda dura
dos dias em que um beijo bastava

E agora, da cama
vem uma voz que diz sussurrando: És tu?
e a luz acende-se sobre um braço nu
e a mulher pergunta: a que vens agora?
é que não sei se reparaste na hora
deixa dormir quem quer dormir, vai-te embora
amanhã tenho de ir trabalhar.

Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais

E o homem, de pé
Parece um rapazinho a ver se compreende
e grita e diz que ele também não se vende
que quer a paz mas de outra maneira
e nem que essa noite fosse a derradeira
veio afirmar quer ela queira ou não queira
que os dois ainda têm muito a aprender

Se temos...! Diz ela
mas o problema não é só de aprender
é saber a partir daí que fazer
e o homem diz: que queres que responda?
Não estamos no mesmo comprimento de onda...
Tu a mandares-me esse sorriso à Gioconda
e eu com ar de filme americano

Somos tão novos, diz o homem
e agora é a vez de a mulher se impacientar
essa frase já começa a tresandar
é que não é só uma questão de idade
o amor não é o bilhete de identidade
é eu ou tu, seja quem for, ter vontade
de mudar e deixar mudar

Não fales, que o bebé ainda acorda
não grites, que o vizinho ainda acorda
e não me olhes, que o amor ainda acorda
deixa-o dormir o nosso amor, um bocadinho mais
deixa-o dormir, que viveu dias tão brutais

E assim se ouviu
pela noite fora os dois amantes falar
e o que não vi só tive de imaginar
é preciso explicar que sou o vizinho
e à noite vivo neste quarto sozinho
corpo cansado e cabeça em desalinho
e o prédio inteiro nos meus ouvidos

Veio a manhã e diziam
telefona ao teu patrão, diz que hoje não vais
que viveste uns dias assim tão brutais
e que precisas de convalescença
sei lá, inventa qualquer coisa, uma doença
mete um atestado ou pede licença
sem prazo nem vencimento, se preciso for
(espero que não seja preciso, porque não
sei como é que eles vão viver sem os
dois salários...)

Vá fala que o bebé está acordado
e vizinho deve estar já acordado
e o amor, pronto, também está acordado
mas tem cuidado, trata-o bem
muito bem, de mansinho
que ainda agora vai pisar outro caminho.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Problema de expressão




Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.



quinta-feira, setembro 15, 2011

Amigo do Peito




o meu amigo é power
o meu amigo é break
o meu amigo é shut down
o meu amigo é save

o meu amigo não é toc nem delete
o meu amigo não é chat
nem retoque no photoshop
o meu amigo é em carne e osso
falamos com os olhos
e vemos com os dedos
pensamos em voz alta
nos sonhos e nos medos

o meu amigo é live act
o meu amigo é free pass
o meu amigo é cool down
o meu amigo é peace

o meu amigo não é toc nem delete
o meu amigo não é chat

nem retoque no photoshop
o meu amigo é em carne e osso
falamos com os olhos
e vemos com os dedos
pensamos em voz alta
nos sonhos e nos medos

o meu amigo é power
o meu amigo é break
o meu amigo é shut down

quarta-feira, setembro 14, 2011

Pois é




É o caos, é o caos, é a mutação
voltar atrás, pisar, dar um passo em frente
manipular os olhos doutra geração
terá que ser, vai ter que ser, é a evolução
Pois é, não é

olhos abertos a ler a situação
e reclamar, e reclamar um pouco do atenção
ao que de mais humano há na nossa condição
menos cegueira, economia e mais educação

Pois é, não é, pois é, ou yé !

é o caos, é o caos, o futuro a ser
e ninguém sabe o que ele vai, ele vai trazer
a gente quer que o mundo sobre pare se viver
vamos fazer, fazer e acontecer

Pois é, não é, pois é, ou yé !

a gente vê, está a ver passar o filme
o forte tem a força, sem a força do razão
chegou a hora, está na hora da demonstração
ficou errada a teoria da evolução

Pois é, não é, pois é, ou yé !



sexta-feira, setembro 09, 2011

Cascata na ilha das Flores



A ocidente



Viagem Flores Corvo 11 de Junho de 2011



Flores Corvo Junho de 2011



Viagem das Flores ao Corvo 11 de Junho de 2011



Cascata



Viagem das Flores ao Corvo Junho de 2011



Viagem das Flores ao Corvo



Flores Corvo 11 de Junho de 2011



Cascatas nas Flores



Flores Corvo Junho 2011



Viagem Flores Corvo



Corvo



Flores -> Corvo



Flores Junho de 2011



Sémen



Ai se ele cai



À minha maneira



Não sou o único



O mundo ao contrário



Prisão em Si



Tonto



Xutos & Pontapés
Angra do Heroísmo
Sanjoaninas 2011


Eu senti-me um pouco
Tonto
Sem saber o que fazer
Talvez fosse a tua
Imagem
Talvez fosse por
Querer
Ao certo abriste-me a
Porta
Mas eu não queria entrar
Só queria uma miragem
Só queria naufragar
Faz tanto tempo
Tanto tempo
E tu chegaste tão perto
Que te apertei no meu peito
Já não era uma miragem
Era a serio eras Tu
Era a serio eras Tu
Faz tanto tempo
Tanto tempo

Homem do Leme



Xutos & Pontapés



Maria



Douro Agosto de 2010



Feira Medieval de Silves 2010



Sagres



Por do sol em Sagres



15 de Agosto de 2010

Sagres



Sagres | Algarve



Sagres



Fregeneda - Barca d'Alva



Terceira



Angra do Heroísmo



Monte Brasil | Terceira



Monte Brasil | Angra do Heroísmo



40 anos CGTP em Angra do Heroísmo



Monte Brasil



Praia da Vitória



Flores



Deolinda 19 de Junho de 2011



Deolinda SanJoaninas 2011



Deolinda em Angra do Heroísmo



Deolinda



Xutos



Ilha das Flores



Vemos, ouvimos e lemos




Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar

Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror

A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças

D’África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados

Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado

quarta-feira, setembro 07, 2011

Cetáceos



Angra do Heroísmo



Terceira



Observação de cetáceos



Subida à torre dos Clérigos



Teleférico de Gaia



Golfinhos



Terceira, Graciosa



Viagem Terceira, Graciosa



Rio Douro



Porto



terça-feira, setembro 06, 2011

Década de Salomé




Vai terminar esta prosa
Estamos na década de Salomé
Será o Apocalipse ou a torneira
a pingar no bidé?

É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage

Estamos na Europa
civilizada
já cá faltava
uma maison
pour la patrie
p´lo Volkswagen
acabou-se a forragem
viva o patron!

Já tem destino esta terra
vamos mudar para o marché aux puces
o tempo das ceroilas está no fio
agora só de trousses.

É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage.

Saem quarenta mil ovos moles
Vilar Formoso
é logo ali
faz-se um enxerto
com mijo de gato
Sola de sapato
voilá Paris!

Aos grandes supermercados
chega cultura num bi-camion
Camões e Eça vendem-se enlatados
lavados com «champon»

É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage

Estamos na Europa
radarizada
já cá faltava
uma turquês
para o controle
do bravo e do manso
vivaço e do tanso
em cada mês!

A fina flor do entulho
largou o pêlo ganhou verniz
Será o Christian Dior o manajeiro
a mandar no país?

Estamos da Europa
do «estou-me nas tintas»
nada de colectivismos
chacun por si, meu
e chcaun por soi
tê vê e cama
depois da esgaça
até que lhes dê a traça
a culpa é toda
do erre Hagá.

Levam-te à caça
dos gambuzinos
com dois ouriços
em cada mão
ai velha fibra
do bairro de Alfama
a carcaça do Gama
vai a leilão!

segunda-feira, setembro 05, 2011

A História das "Tripas à moda do Porto"

O Infante D. Henrique, precisando de abastecer as naus para a tomada de Ceuta na expedição militar comandada pelo Rei D. João I em 1415, pediu aos habitantes da cidade do Porto todo o género de alimentos. Todas as carnes que a cidade tinha foram limpas, salgadas e acamadas nas embarcações, ficando a população sacrificada unicamente com as miudezas para confeccionar, incluindo as tripas. Foi com elas que os portuenses tiveram de inventar alternativas alimentares, surgindo assim o prato "Tripas à moda do Porto" que acabaria por se perpetuar até aos nossos dias e tornar-se, ele próprio, num dos elementos gastronómicos mais característicos da região. De tal forma que, com ele, nascia também a alcunha de tripeiros, como ficaram a ser conhecidos os portuenses desde então.

Fico assim sem você




Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo (2x)