terça-feira, julho 15, 2008

Amendoim

John Ulhoa
in, Toda a cura para todo o mal, Pato Fu

Acho que sou um cachorro sim
Acho que sou um cachorrim
Minha vida vai
Um ano contam sete
Rumo ao fim
Acho que ninguém tem dó de mim

Quase não me sobra tempo algum
Não conheço bem lugar nenhum
Fora do trabalho
Eu acho essa cidade
Tão ruim
Acho que ninguém tem dó de mim

Todo dia nasce um bebê
Pra dividir a vida com você
Todos os dias vão nascer
Bebês com meia vida pra viver
Todos os dias vão nascer
Ié ié ié!

Sou tão dedicado a ser comum
Anos vão passando um a um
E o tempo pela frente
Comigo é diferente
Conto assim:
Sete, catorze, vinte e um

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