a chuva molha a minha roupa
os carros não param de gritar
convidando-me para morrer
eu procuro não olhar
desse eu brilho à minha estrela
não teria de me esconder
mas a chuva nas minhas mãos lembra-me
que vou morrer
meu amor está perto
vejo-o correndo para mim
só que eu não sou certo
vejo-me correndo para o fim
vem morar na tua casa
a pobre nunca te viu ficar
chegas sempre com um dos pés pronto
para não entrar
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