sexta-feira, novembro 09, 2007

A sociedade “Chiclet”

“A sociedade de consumo é muito pouco erótica.” A afirmação é de Júlio Machado Vaz no programa “Praça da Alegria” de 8 de Novembro de 2007. Numa sociedade em que tudo é imediato, fala-se e “consome-se” muito sexo, mas quando se fala na “arte” de erotizar, seduzir, agradar, acarinhar, amar @ outr@, o cenário é completamente diferente.

Já diziam os “Táxi” nos anos 80 “mastiga e deita fora, sem demora, Chiclet”.

Fará esta sociedade que nós próprios criamos, parte da selecção natural de que nos falou Charles Darwin?! É um dos caminhos que a espécie humana deve seguir porque a torna mais apta? Torna mesmo?! Somos hoje mais felizes do que o que são/foram os nossos pais/avós?! Somos mesmo?! O próprio conceito de felicidade não está também ele contaminado por esta sociedade de consumo?! Estamos proibídos de ficar tristes, temos de estar (ou transparecer aos outros) que estamos sempre bem e não aprendemos a ficar tristes, chorar, amuar… E depois, depois, quando já não conseguimos disfarçar mais, entramos em depressão, porque não exorcizámos antes a tristeza e as mágoas que temos, e vamo-nos transformando em patetas felizes, felizes a 100%.

Paremos todos. Paremos para pensar, para chorar, para amuar, para erotizar, para amar…

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