sábado, janeiro 25, 2014

E.N. 109

Já não há medo
lúcida dor, talvez
filme da vida a rodar
última curva
último grito e, enfim
só este mundo a aguardar.

Se eu pudesse prever o futuro
se eu tivesse podido prever
cálida vida
pálido amanhecer
Oh! quem viesse apartar este
muro
suspender esta pena de mim
doce modorra
fins de tarde sem mim.

De olhos fechados
vejo as coisas tão bem
privilégio terminal
ciclo encerrado
desfecho iminente
que Deus exista, afinal.

Tantos anos contém um segundo!
quantos mais deixarei por viver?
beijos trocados
antes de adormecer
Oh! quem viesse apartar este
muro
suspender esta pena de mim
doce modorra
fins de tarde sem fim.

Música: Telmo Marques
Letra: José Guedes

E. N.109 by Luis Portugal on Grooveshark

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