in, JN
O facto de "Bo", o cão de água português que o senador do Edward Kennedy ofereceu às filhas de Obama, ter sido nado e criado (ele e os seus avós, e os avós dos seus avós) no Texas e ser, pois, tão português como são alemães os pastores alemães que por aí há ou o pudim francês é francês, não impediu que o país fosse varrido por um sobressalto de indignação nacional quando o "El Mundo" se referiu ao bicho como "autóctone da Península Ibérica". Não bastava aos espanhóis terem-nos roubado Olivença, agora queriam ficar com o "Bo". E até com S. Nuno "Alvarez" Pereira… Pessoa chamou o provincianismo de "mal superior português". Mas, se enumera os "sintomas flagrantes" desse provincianismo que são "o entusiasmo e admiração pelos grandes meios" e o "entusiasmo e admiração pelo progresso e pela modernidade", esquece o entusiasmo por tudo o que, "lá fora", cheire a "português", seja um cão na Casa Branca seja um medíocre político na Comissão Europeia. Será conflito diplomático certo se Zapatero se lembrar de dizer de Durão Barroso, como "El Mundo" disse de "Bo", que é "autóctone da Península Ibérica".
Sem comentários:
Enviar um comentário