segunda-feira, dezembro 14, 2009

Capitão Romance

Não vou procurar quem espero:
Se o que eu quero é navegar!
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar.

Parto rumo à primavera,
Que em meu fundo se escondeu!
Esqueço tudo do que eu sou capaz:
Hoje o mar sou eu...

Esperam-me ondas que persistem,
Nunca param de bater!
Esperam-me homens que desistem,
Antes de morrer!

Por querer mais do que a vida,
Sou a sombra do que eu sou.
E ao fim não toquei em nada,
Do que em mim tocou.

Eu vi,
Mas não agarrei...

Parto rumo à maravilha,
Rumo à dor que houver pra vir.
Se eu encontrar uma ilha,
Paro pra sentir!

Dar sentido à viagem,
Pra sentir que eu sou capaz!
Se o meu peito diz coragem,
Volto a partir em paz.

Eu vi,
Mas não agarrei...

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