Sérgio Sousa Pinto, eurodeputado do Partido Socialista, disse ontem no programa Prós e Contras da RTP, a propósito do balanço da Cimeira UE/África, que o "nosso" problema é darmos demasiada importância à questão dos direitos humanos em África quando queremos estabelecer negócios com aquele continente. Disse Sérgio Sousa Pinto que deviamos aprender com a China, que não fala de direitos humanos e que tem o monopólio dos negócios com África.
Sérgio Sousa Pinto, além de dizer que a Europa deve ser cínica, esqueceu-se (diria que propositadamente) de referir que a China, também tem muito a desejar no respeita ao respeito pelos direitos humanos e como tal não pode pedir a outros aquilo que ela própria não pratica.
Quando foi líder da Juventude Socialista, Sérgio Sousa Pinto parecia ter uma mente mais aberta. Chegou a afirmar a uma revista juvenil que entrevistou todos os líderes das chamadas "Jotas", que o seu político de eleição era Francisco Louçã. Foi ele, que em pleno período da governação Guterres, levou à assembleia a questão do aborto (e tendo sido derrotado por 1 voto da primeira vez, voltou à carga um ano depois, levando à realização do referendo em 1998), foi com ele também que se começou a falar de direitos iguais para os homossexuais.
Contudo, logo se apercebeu que seria mais um na engrenagem partidária e com a afirmação de ontem, deixou de me merecer qualquer respeito ou consideração.
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