João Monge / João Gil
Quando me chamas bandido Como se eu fosse um caso perdido Que se dá sempre o golpe perfeito no teu coração Já sei que vai haver assalto Vou começar no teu salto alto E acabar prisioneiro na cova-do-ladrão Quando me chamas canalha Por dá cá aquela palha É o teu jeito matreiro de lançar as redes Dizes asneiras baixinho Para poupar o pobre do vizinho De saber de nós dois pelas paredes Quando me chamas pelo nome Até fico com frio e com fome Como aquele menino da rua que anda perdido Então peço a todos os santos Que devolvam os meus encantos E que tu me voltes a chamar apenas bandido |
Eu quero marcar o “Z” dentro do teu decote Ser o teu Zorro de espada e capote Para te salvar à beirinha do fim Depois, num volte-face, vestir os calções Acreditar de novo nos papões E adormecer contigo ao pé de mim Eu quero ser para ti a camisola 10 Ter o Porto todo nos meus pés Marcar um ponto na tua atenção Se assim, faltar a festa na tua bancada Eu faço a minha última jogada E marco um golo com a minha mão (mesmo à Benfica... ;-)) Eu quero passar contigo de braço dado E a rua toda de olho arregalado A perguntar: como é que conseguiu? Eu puxo da humildade da minha pessoa Digo da forma que menos magoa: Foi fácil! Ela é que pediu. |
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