Luís Represas / João Gil
Vejo o nó da gravata
fecho o botão de punho
o lenço no bolso
a flor na lapela,
amantes
olharam-se os dois
Uma pétala cai
sobre o pano sem cor
ainda me trazes
o cheiro traidor
parece que o tens
ainda.
Velho
sem tempo,
um novo momento
descobre-me à esquina
do que eu sou capaz.
Se tremo é porque amo
se choro é por mim
se rio é só por ti.
Passo a mão no chapéu
sei que vai resultar
o relógio no pulso
já o deixei parar
amanhã talvez volte a rodar
O lenço a flor
saímos os três
galantes na rua
que vai pro jardim...
eu sei que ela espera por mim.
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